Campanhas de conscientização sobre a importância de combater o linfoma marcam o mês de agosto. Este tipo de câncer se origina nas células do sistema linfático, ou seja, na parte do sistema imunológico responsável pela defesa contra infecções e outras doenças.
O sistema linfático possui uma rede de vasos linfáticos, gânglios linfáticos (ou linfonodos), baço, amígdalas e tecido linfático. O linfoma ocorre quando as células do sistema linfático crescem e se multiplicam de maneira descontrolada, formando tumores.
Existem dois principais tipos: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin, cada um com diferentes subtipos. Conheça mais sobre cada um deles.
Linfoma de Hodgkin
Conhecido como doença de Hodgkin, é caracterizado pela presença de células específicas nos linfonodos afetados, chamadas de ‘Reed-Sternberg’. O linfoma de Hodgkin é relativamente menos comum que o não-Hodgkin e tende a se desenvolver de forma mais ordenada.
Linfoma não-Hodgkin
Este é um grupo mais amplo de linfomas, que engloba uma variedade de subtipos. Os linfomas não-Hodgkin podem variar significativamente, isso por causa de termos de comportamento, taxa de crescimento e prognóstico. Eles são classificados por características das células cancerígenas, como a aparência sob o microscópio, características genéticas, dentre outros fatores.
Sintomas, diagnóstico e tratamento
Os sintomas do linfoma incluem inchaço dos gânglios linfáticos (linfonodos), febre, sudorese noturna, perda de peso inexplicada, fadiga, coceira na pele e outros sintomas semelhantes aos da gripe.
O diagnóstico envolve exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, além de biópsias do tecido linfático afetado e análises laboratoriais.
Já o tratamento do linfoma pode variar de paciente a paciente, pois depende do tipo específico, estágio da doença e características individuais do paciente. As opções incluem quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapia direcionada e, em alguns casos, transplante de células-tronco.
Embora o diagnóstico do linfoma possa ser assustador por causa de sua complexidade, avanços significativos na pesquisa médica melhoraram as taxas de sobrevivência e a qualidade de vida dos pacientes. Com a detecção precoce, tratamento adequado e apoio contínuo, muitas pessoas enfrentam o linfoma de maneira positiva e bem-sucedida, pois têm acesso à identificação mais precisa do patógeno causador.
Linfoma e o vírus Epstein-Barr
O linfoma continua a ser objeto de pesquisa intensiva para melhor compreender seus fatores de risco e desenvolvimento. Uma das áreas mais intrigantes é a relação entre o linfoma e o vírus Epstein-Barr (EBV), pois ele é um vírus comum que pertence à família do herpes.
O EBV é conhecido popularmente por causar a mononucleose infecciosa, conhecida como “doença do beijo”. A maioria das pessoas vai ser exposta ao EBV em algum momento de suas vidas, principalmente durante a infância.
Grande parte das infecções pelo EBV é assintomática ou causa apenas sintomas leves semelhantes aos da gripe. No entanto, o vírus pode permanecer latente no corpo por toda a vida e, em algumas situações, está ligado ao desenvolvimento de certos tipos de linfomas.
A relação entre o EBV e o linfoma é complexa, pois alguns tipos de linfoma, como o de Burkitt, o de Hodgkin e alguns casos de linfoma não-Hodgkin, têm sido associados ao EBV. Em alguns pacientes com esses tipos de linfoma, o vírus EBV pode ser detectado nas células cancerígenas. No entanto, é importante ressaltar que a maioria das pessoas infectadas com o vírus não desenvolve linfoma. A infecção é apenas um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer.
Em suma, pesquisadores investigam profundamente os mecanismos subjacentes à ligação entre o EBV e o linfoma. Uma das teorias é que o EBV afeta o sistema imunológico, promove mudanças genéticas nas células linfáticas e facilita o desenvolvimento do câncer. Além disso, o vírus estimula a proliferação celular descontrolada e inibe mecanismos que normalmente suprem o crescimento celular anormal.
Exame para detecção molecular do Epstein-Barr com agilidade e precisão
O Kit XGEN Master EBV da Mobius é um teste in vitro para a detecção quantitativa do DNA do EBV. A medição diferencia os portadores saudáveis, com baixos níveis de carga viral, dos portadores com elevada taxa de replicação viral, responsável pelas doenças relacionadas com EBV.
O Diagnóstico Molecular por PCR em tempo real (qPCR) é uma variação da técnica de PCR (Polymerase Chain Reaction). O resultado pode ser visualizado ao mesmo tempo em que ocorre a amplificação da sequência de interesse do DNA, com a capacidade quantificar os patógenos detectados com maior precisão.
Leia também: