No dia 25 de novembro é comemorado o Dia Nacional do Doador de Sangue. A data serve como uma homenagem a todos que separam um tempo do seu dia para ser um doador voluntário e também como um incentivo para que mais pessoas participem.
O Dia do Doador Voluntário de Sangue foi estabelecido em 1964 e marca a data do aniversário da fundação da Associação Brasileira de Doadores. Mas os doadores também podem celebrar o ato de doar sangue no dia 14 de junho, o Dia Mundial do Doador de Sangue.
Falta de doadores de Sangue
Hoje existe a necessidade de se construir uma cultura mundial de doação voluntária de sangue. No Brasil, apenas 1,8% da população doa sangue, enquanto o índice considerado pela ONU como ideal seria de 3 a 5%.
Grande parte desses doadores são chamados de “doadores de reposição”, que realizam a doação pontualmente quando uma pessoa próxima, amigo ou parente, precisa. A condição ideal seria aumentar o número de doadores voluntários que tem uma frequência maior de doação e ajudam a manter o abastecimento hemocentros.
A época do inverno também ajuda na baixa dos estoques de sangue. A queda na temperatura, seguidas das férias no período e aumento do número de pessoas resfriadas provocam uma redução no comparecimento dos doadores e os estoques chegam a cair até 30%.
Diante da dificuldade de encontrar doadores suficientes para suprir a necessidade dos hemocentros, a tecnologia tornou-se um canal para conectar os doadores às instituições.
Aplicativos e sites criados para ajudar a salvar vidas!
Hemoliga
Desenvolvido para interagir com o público em potencial para aumentar o número de doadores e a frequência dessas doações. Os hemocentros divulgam diariamente os níveis de seus estoques por tipo sanguíneo. Essas informações são encaminhadas, via aplicativo, para smartphones e tablets de forma direcionada e pontual. O aplicativo auxilia o doador a se manter informado sobre sua próxima doação e o estimula a participar de campanhas motivadas pelas redes sociais.
Hemotify
O interessado em doar sangue faz um cadastro em que informa o tipo sanguíneo e a cidade onde mora. Desse modo, sempre que o hemocentro mais próximo estiver em busca de doares, esse usuário cadastrado receberá um alerta no Facebook – meio pelo qual se dá o cadastro. A plataforma já conta com a participação de diversos hemocentros e ainda tem potencial para expandir com um canal de cadastro para incluir novos hemocentros em seu banco de dados.
Hemogram
O aplicativo faz o compartilhamento dos pedidos de doação via Facebook e envia alertas para notificar os doadores sobre a data da próxima doação. Após a instalação, o usuário preenche informações sobre seu tipo sanguíneo e ficará sabendo sempre que um banco de sangue precisar de reforço. Blooder – tem como função facilitar o processo de doação para o usuário, unificando os pedidos de pessoas ou terceiros que necessitam de sangue. Por enquanto, reúne informações dos bancos de sangue das regiões da Grande São Paulo e Rio de Janeiro. Para utilizá-lo, basta que o usuário preencha um cadastro por meio do seu perfil no Facebook. Ao fazer isto, ele será direcionado para a tela inicial do programa, onde se encontram dois botões com as opções: “receber” e “doar”.
Eu curto doar
Apresenta uma área para quem estiver precisando de doadores realizar um cadastro. Após preencher as informações requisitadas, receberá uma confirmação e seu nome constará na relação dos que necessitam de sangue. Em seguida, o usuário poderá divulgar nas redes sociais em que participa, fazendo uma campanha para conseguir mais doadores. Em outra área do aplicativo é possível interessados em doar encontrem alguém para beneficiar com a doação, após fazer um cadastro saberá onde pode doar.
Positive Drop
Mesmo que as pessoas não sejam doadores regulares, elas se dispõem muito mais a doar quando sabem de alguém próximo que está precisando. Então, com ajuda das redes sociais, o Positive Drop, cria uma maneira mais ágil para avisar amigos diretos, caso algum deles precise de doadores. O próximo passo será estabelecer o cruzamento de compatibilidade sanguínea dos amigos do usuário, a fim de que a busca seja ainda mais eficiente.
Doe Sangue Mobile
Após se cadastrar, o usuário passa a integrar a lista de doadores de sangue no app. Assim, será acionado sempre que um hemocentro da região onde ele mora precisar de sangue. Se um Banco de Sangue necessita, por exemplo, de um doador (O-), o sistema dispara um aviso para todos os cadastrados (O-) que estejam aptos a doar, respeitando o prazo entre doações, e avisa onde poderá fazer o procedimento. A plataforma integra doadores de sangue, instituições públicas e privadas.
Partiu doar Sangue
Os doadores podem se cadastrar e a população pode fazer pedidos de doação de sangue e medula. A partir dos dados cadastrados, o sistema cruza essas informações e notifica os candidatos aptos para fazer a doação, através de e-mail ou pelo app. A plataforma possibilita ao solicitante saber o número de doadores que se comprometeram a atender ao pedido. O doador não é revelado ao solicitante, pois tem a identidade resguardada.
O que eu preciso para doar?
- Estar em boas condições gerais de saúde.
- Estar descansado.
- Ter idade entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos de idade.
- Pesar mais de 50 kg.
- Estar alimentado: não deve estar em jejum. Evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação. Aguardar intervalo de 2 horas após o almoço.
- Portar documento oficial com foto emitido por órgão oficial (RG, Carteira de habilitação, Passaporte, Carteira de identidade profissional ou Carteira de Trabalho).
- Ter estilo de vida saudável e não ter comportamento de risco.
- Respeitar o intervalo mínimo entre as doações.
Homens: 60 dias (máximo de 4 doações nos últimos 12 meses)
Mulheres: 90 dias (máximo de 3 doações nos últimos 12 meses)
Quem não pode doar temporariamente?
- Febre, diarreia, gripe ou resfriado
- Ingestão de bebida alcóolica 12 horas antes da doação
- Grávidas
- Amamentação, se o parto ocorreu há menos de 12 meses
- Tatuagem/maquiagem definitiva nos últimos 12 meses
- Riscos de doenças sexualmente transmissíveis
- Exame endoscópico nos últimos 6 meses
- Uso de drogas ilícitas injetáveis, uso de cocaína (últimos 12 meses). Uso de outras drogas será avaliado pelo triagista
- Diabetes tipos I e II ou insulinodependentes
Quem não pode doar definitivamente?
- Alcoolismo crônico
- Câncer
- Diabetes tipo I, diabetes tipo II, insulino dependente ou com problemas vasculares
- Doenças Cardíacas graves e após cirurgias cardíacas de grande porte.
- Hepatite após os 11 anos de idade*.
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II, Doença de Chagas e Sífilis.
- Uso de drogas ilícitas injetáveis.
- Malária.
- Transplante de órgãos.
*Com informações do Hemobanco