10 bactérias mais resistentes do mundo

Share

As superbactérias ou bactérias multirresistentes, são um dos maiores desafios da ciência dos últimos tempos em todo o mundo. Um estudo governo britânico estima que tais organismos serão responsáveis por mais de 10 milhões de mortes por ano após 2050.

Algumas bactérias nocivas já são conhecidas há muito tempo pelo homem, sendo estudadas desde o século XIX. O problema é que com o passar do tempo elas vêm se adaptando e se tornando cada vez mais resistentes aos antibióticos.

Conheça agora quais são as 10 bactérias mais resistentes do mundo:

10 – Streptococcus pyogenes

Esta bactéria causa mais de 700 milhões de infecções no mundo todos os anos, e tem uma taxa de mortalidade de 25% nos casos mais sérios. Uma vez que você tenha uma infecção dessa bactéria, ela pode desencadear uma série de outras doenças como uma dor de garganta, impetigo (infecção de pele) até mesmo escarlatina. Por sorte, a bactéria é sensível a penicilina e tratada com facilidade na maior parte dos casos. Contudo, novas cepas estão ficando resistentes a outros tipos de antibióticos.

9 – Neisseria gonorrhoeae

A gonorreia, infecção sexualmente transmissível, causa vários problemas tanto em homens quanto mulheres. Este tipo de bactéria vem apresentando mutações ao longo de 50 anos, se adaptando lentamente as diferentes abordagens médicas, a medida que foram aplicados antibióticos diferentes no combate à doença. Esta bactéria possui pequenos pelinhos chamados de “pili”, que agem como ganchos que tem uma força 100 mil vezes maior que seu próprio peso. Com esta força, a pili pode mover a célula infectada e anexá-la a outras células saudáveis, tornando o tratamento ainda mais demorado e complicado.

Bactéria: Neisseria gonorrhoeae - pilli

8 – Mycobacterium tuberculosis

A tuberculose já foi conhecida por diversos nomes, como escrófula e peste branca. Também é conhecida por mortes e destruição ao longo da história. Acredita-se que Nefertiti e seu marido, o Faraó Akhenaton morreram de tuberculose por volta de 1330 aC, onde foram encontrados documentos do Egito Antigo que falam sobre os perigos da doença. Apesar de os casos terem diminuído consideravelmente ao longo da história, a sua resistência a antibióticos aumentou no início dos anos 90. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tuberculose também é a principal causa de óbitos relacionados à resistência bacteriana e a principal causa de morte entre pessoas com HIV.

7 – Acinetobacter baumannii

Esta superbactéria pode desencadear pneumonia, meningite e infecção urinária. Ela tornou-se muito resistente durante a guerra do Iraque entre os soldados feridos que passavam por diferentes instalações médicas. A bactéria pode sobreviver a condições difíceis por longos períodos de tempo, por isso, é mais difícil combater em pacientes que estão mais fracos. Assim como as outras bactérias, a melhor forma de combate-la é cuidando da higienização em ambientes onde ocorrem cuidados com a saúde.

6 – Escherichia coli (E. coli)

Esta bactéria é inofensiva enquanto está no intestino humano. Contudo, pode causar sérios problemas quando em contato com outros órgãos, levando a infecções alimentares, assim como meningites e infecção urinária. O alto nível de resistência dos antibióticos foram encontrados em cepas do E. coli, sendo um exemplo preocupante de bactéria que tem potencial de causar problemas se o uso de antibióticos não for feito de maneira correta do início ao fim do tratamento.

5 – Klebsiella pneumoniae

Esta é conhecida por causar uma série de infecções e ser bastante resistente a vários antibióticos. Primeiro, afeta pessoas de meia idade e idosos com sistema imunológico mais fraco, é mais frequente em pacientes internados que precisam estar ligados a aparelhos para respirar, que tomam injeções diretamente na veia por muito tempo ou que fazem muitos tratamentos seguidos com antibióticos. Devido sua alta resistência, é comum médicos solicitarem exames mais específicos para identificar qual tipo de cepa está presente e como saber trata-la com mais eficácia.

4 – Clostridium difficile

A C. difficile é uma das superbactérias mais presente em hospitais ao redor do mundo. Sua principal consequência é um tipo de diarreia muito forte que se espalha rapidamente e pode se levar a complicações no cólon. Um surto recente dessa bactéria virou notícia no Reino Unido quando em um hospital de Eastbourne morreram 13 pessoas e 17 fizeram tratamento contra a bactéria. Os médicos relataram neste caso que a variação dessa bactéria produzia 20 vezes mais toxinas do que outras e era resistente a vários medicamentos.

3 – Pseudomonas aeruginosa

Por sua rápida mutação e adaptação a diferentes tratamentos a antibióticos, esta bactéria habilmente desenvolve resistência a esses medicamentos. É descrita como ‘oportunista’ por primordialmente afeta pessoas com a imunidade comprometida, como pacientes em tratamento de AIDS, câncer, transplante ou fibrose cística, causando sérias complicações ou até mesmo a morte.

2 – Burkholderia cepacia

Descoberta em 1949, a bactéria causa o apodrecimento de cebolas, mas também pode ser muito perigosa para humanos. Embora responda ao tratamento com combinação de antibióticos, já há casos em que a bactéria tem altos níveis de resistência e pode sobreviver a condições extremas. Pode ser particularmente perigosa para quem já tem condições pulmonares preexistentes, como fibrose cística.

1 – Staphylococcus aureus (MRSA)

Mais conhecida como MRSA, a bactéria está presente naturalmente na pele, mas se invadir outras partes do corpo, pode causar diferentes infecções, como a meningite e pneumonia. O caso mais recente conhecido por infecção a esta bactéria foi de Arthur Araujo Lula da Silva, de apenas 7 anos (neto do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva) que acabou falecendo horas depois de dar entrada no hospital.

Na década de 60, 80% das amostras de MRSA eram resistentes aos antibióticos. A meticilina é um antibiótico geralmente eficaz no tratamento dessa bactéria, porém, já existem cepas resistentes a esse tipo e a quase todos os antibióticos betalactâmicos, essa classe de antibióticos inclui as penicilinas (oxacilina, meticilina) e as cefalosporinas.

Diagnóstico molecular – Assertividade no tratamento pela identificação dos genes de resistência

A grande dificuldade no tratamento das infecções das superbactérias está relacionada com a resistência aos medicamentos, impondo uma série de limitações às opções para a escolha da melhor profilaxia. Com a detecção dos genes de resistência, faz-se o uso racional do antibiótico, individualizando o tratamento, evitando assim, o uso desregrado de antibióticos de amplo espectro.

Com o Kit XGen Multi Sepse Chip é possível identificar mais de 40 patógenos entre fungos e bactérias, além da identificação de 20 marcadores de genes de resistência a antibióticos garantindo um tratamento individualizado, ágil e eficiente. Neste teste, estão contempladas os principais patógenos e genes de resistências encontrados nos hospitais brasileiros (mecA, VanA, VanB, ESBLs, carbapenemases, etc).

Com o diagnóstico certo em mãos, o tratamento é realizado em menos tempo e com precisão para a redução no índice de infecções hospitalares e desenvolvimento das superbactérias.