Até dezembro de 2020, existiam mais de 200 candidatas a vacinas para COVID-19 em desenvolvimento. Dessas, apenas 52 tinham sido testadas em humanos. Existem várias na fase 1 e 2, e outras entrando na fase 3.
Por que existem tantas vacinas em desenvolvimento?
Em geral, muitas candidatas a vacina serão avaliadas antes de qualquer uma delas ser considerada segura e eficaz. Por exemplo, de todas as vacinas que são estudadas em laboratório e em animais, cerca de 7 a cada 100 serão consideradas boas o suficiente para passar em testes clínicos em humanos. Das vacinas que chegam aos ensaios clínicos, apenas uma em 5 é bem sucedida.
Ter várias vacinas diferentes em desenvolvimento aumentam as chances de que haja uma ou mais vacinas bem-sucedidas que se mostrem seguras e eficazes para as populações priorizadas pretendidas.
Os diferentes tipos de vacinas
Existem três principais métodos para se desenvolver uma vacina: Utilização do um vírus ou bactéria inteiros; apenas as estruturas que ativam o sistema imunológico; ou apenas o material genético que fornece as instruções para fazer proteínas específicas e não o vírus inteiro.
Vacina inativada
A primeira forma de fazer uma vacina é a partir de um vírus ou bactéria que carrega a doença, ou um muito semelhante a ele, e inativá-lo ou matá-lo usando produtos químicos, calor ou radiação.
Essa abordagem usa tecnologia que comprovadamente funciona em pessoas – é assim que as vacinas contra gripe e poliomielite são feitas – e as vacinas podem ser fabricadas em uma escala razoável.
No entanto, requer instalações laboratoriais especiais para cultivar o vírus ou bactéria com segurança, pode ter um tempo de produção relativamente longo e provavelmente exigirá duas ou três doses para serem administradas.
Vacina viva atenuada
Uma vacina viva atenuada usa uma versão viva, mas enfraquecida do vírus ou uma versão muito semelhante. A vacina contra sarampo, caxumba, rubéola (MMR), varicela e herpes zoster são exemplos desse tipo.
Esta abordagem usa tecnologia semelhante à vacina inativada e pode ser fabricada em grande escala. No entanto, vacinas como essa podem não ser adequadas para pessoas com sistema imunológico comprometido.
Vacina de vetor viral
Este tipo de vacina usa um vírus seguro para entregar subpartes específicas – chamadas proteínas – do organismo de interesse para que possa desencadear uma resposta imunológica sem causar doenças. Para fazer isso, as instruções para fazer partes específicas do patógeno de interesse são inseridas em um vírus seguro.
O vírus seguro serve então como uma plataforma ou vetor para entregar a proteína ao corpo. A proteína desencadeia a resposta imunológica. A vacina do Ebola é uma vacina de vetor viral e este tipo pode ser desenvolvido rapidamente.
A abordagem de subunidade
Uma vacina de subunidade é aquela que usa apenas as partes específicas (as subunidades) de um vírus ou bactéria que o sistema imunológico precisa reconhecer. Ele não contém o micro-organismo inteiro nem usa um vírus seguro como vetor.
As subunidades podem ser proteínas ou açúcares. A maioria das vacinas do calendário infantil são vacinas de subunidade, protegendo as pessoas de doenças como coqueluche, tétano, difteria e meningite meningocócica.
Abordagem genética
A vacina de ácido nucleico usa apenas um fragmento do material genético que fornece as instruções para proteínas específicas, ao contrário das abordagens de vacinas que usam um micro-organismo inteiro enfraquecido, morto ou partes de um.
A princípio, o DNA e RNA são as informações que nossas células usam para produzir proteínas. Em nossas células, o DNA é primeiro transformado em RNA mensageiro (mRNA), que é então usado como o projeto para fazer proteínas específicas.
Uma vacina de ácido nucléico fornece um conjunto específico de instruções às nossas células, como DNA ou mRNA, para que façam a proteína específica que queremos que nosso sistema imunológico reconheça e responda.A abordagem do ácido nucléico é uma nova forma de desenvolver vacinas.
Antes da pandemia de COVID-19, nenhuma havia passado pelo processo de aprovação total para uso em humanos, embora algumas vacinas de DNA, inclusive para cânceres específicos, estivessem passando por testes em humanos.
Por causa da pandemia, a pesquisa nessa área progrediu muito rápido e algumas vacinas de mRNA para COVID-19 estão recebendo autorização de uso de emergência, o que significa que agora podem ser administradas a pessoas que não as utilizem apenas em ensaios clínicos.
As informações acima foram traduzidas da OMS, acesse o material original aqui.
Método | Vacina |
Vírus inativado | Coronavac |
Vetor viral | Oxford/AstraZeneca, Janssen (Johnson & Johnson) |
Subunidade | Novavax |
Abordagem genética | Moderna, Pfizer |
Como saber se a vacina está sendo eficaz?
Já começaram a ser aplicadas alguns tipos de vacina contra a COVID-19. Contudo, é importante saber se o imunizante realmente está desenvolvendo anticorpos.
Existem testes que avaliam a eficácia pós vacinal em diferentes indivíduos, pois existem casos de pacientes assintomáticos, leves, moderados e graves.
O Teste LABScreen™ COVID Plus foi desenvolvido em parceria com quatro importantes universidades: Emory University, Stanford University, University of Cincinnati e University Health Network.
O desenvolvimento foi baseado na plataforma Luminex, um método de citometria modificado que é extremamente confiável e 50 vezes mais sensível que um ensaio ELISA.
O kit LABScreen COVID Plus apresenta 98,6% de especificidade e 100% de sensibilidade através de uma avaliação semiquantitativa. Isso significa que é possível avaliar a presença de anticorpos após a infecção pelo coronavírus, identificar quais coronavírus o paciente já teve contato (SARS-CoV, SARS-CoV-2, MERS-CoV, NL63, 229E, HKU1 e OC43), além de identificar a classe de Imunoglobulina envolvida e até mesmo a força de ligação desse anticorpo.
Este teste está sendo distribuído no Brasil pela Biometrix Diagnóstica, clique aqui para saber mais.