Doenças associadas ao HPV: a importância da detecção precoce

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Embora bastante associado ao câncer de colo do útero, o papilomavírus humano (HPV) pode desencadear uma série de doenças, como cânceres de pênis, de vulva, anal, de vagina, além de lesões orais, na língua e orofaringe e doenças cardiovasculares. Em todos os casos, o diagnóstico tardio pode contribuir para o desenvolvimento de quadros oncológicos. E uma das formas de detectar os patógenos responsáveis por cada infecção, é através dos exames moleculares, que disponibilizam resultado em poucas horas.

 

Entendendo o HPV

O papilomavírus humano (HPV) trata-se de uma infecção sexualmente transmissível (IST), onde existem mais de 150 diferentes subtipos, divididos em baixo e alto grau. Desses, aproximadamente 40 atingem a região genital e cerca de 15 são responsáveis pelos cânceres de vagina, útero, pênis e vulva.

Grande parte das pessoas não manifestam sintomas, o que reforça a importância de manter os cuidados preventivos, já que uma das formas de contrair a infecção é através do contato sexual. O vírus é capaz de se alojar em diversas partes da região genital, como períneo, vulva, bolsa escrotal e até a área pubiana. Por isso, uma das maneiras importantes de se prevenir é utilizando preservativo.

Além da transmissão sexual, também existe a vertical. Com casos mais raros, é disseminada da mãe para o bebê no momento do parto.

Não existe cura para o vírus, mas outra maneira eficaz de proteção é através da imunização. A vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra os variados tipos de HPV e é indicada para meninos e meninas.

 

Doenças associadas

Por não apresentar sintomas, o HPV acaba passando desapercebido por grande parte das pessoas. Geralmente, o sistema imunológico consegue eliminar o vírus do organismo, o que reforça esse esquecimento. Porém, é preciso atenção para evitar o surgimento de doenças como:

Câncer no pênis

Os sinais mais evidentes da doença são verrugas, alteração na cor ou presença de nódulos em alguma região do pênis, secreções com odor e feridas que não cicatrizam. Em casos mais graves, pode levar à amputação do órgão.

Câncer de vulva

Os carcinomas de células escamosas são os tumores de vulva mais frequentes associados ao HPV. Mas, também existem os melanomas e sarcomas. Todos eles vão evoluindo por estágios, até chegar o câncer. Isso acontece porque os vírus com capacidade oncogênica alteram as formas das células de revestimento da vulva em graus.

Câncer de vagina

Embora seja considerada uma doença rara, a maioria dos casos de câncer de vagina está associada ao HPV. Isso acontece porque a vagina é a região de disseminação de câncer originado em outros partes, como o colo do útero e a vulva.

Câncer anal

Muito pouco falado, o câncer de ânus está associado ao HPV.  Entre as principais características da doença, estão a presença de lesões pré-cancerígenas, que são identificadas através dos exames de toque, anuscopia ou proctoscopia.

Lesões orais, na língua e orofaringe

Trata-se de papilomas ou verrugas que surgem na mucosa da boca. Elas podem ter tamanho pequeno e sumirem lentamente ou crescerem e causarem uma infecção extensa e dolorida.

 

A importância da agilidade no diagnóstico do HPV

O diagnóstico do HPV deve ir além do olhar clínico. Mesmo que algumas lesões sejam assintomáticas e transitórias, algumas pessoas podem desenvolver lesões precursoras, como é o caso do câncer do colo do útero. Desta forma, é fundamental detectar se o paciente tem o vírus HPV até mesmo em casos assintomáticos. O diagnóstico molecular permite a identificação e genotipagem do vírus, indicando qual o tipo presente e se é de alto ou baixo risco oncogênico.

 

Solução da Mobius

Com o auxílio do exame molecular do Kit Multi HPV Flow Chip, é possível direcionar o tratamento mais adequado para cada paciente, evitando a disseminação do vírus e suas lesões permanentes. Pode-se, também, tomar as medidas de precaução para a prevenção da sua transmissão, seja por via sexual ou vertical (da gestante para o bebê).