Janeiro Verde: mês de combate ao câncer de colo de útero

Share

O câncer de colo de útero é o terceiro mais frequente entre as brasileiras e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores são as chances de cura. Por isso, a campanha do Janeiro Verde alerta para que mulheres se atentem para prevenção e detecção precoce do câncer de colo de útero.

Relação com HPV

Em suma, este tipo de câncer é causado pela infecção persistente de alguns tipos de papilomavírus humano (HPV).

Existem mais de 200 tipos de HPV, sendo 18 deles os de alto risco, ou seja, que podem levar ao desenvolvimento de câncer, tanto cervical como de cabeça e pescoço. Sobretudo a infecção genital por HPV é muito frequente, sendo os tipos 16 e 18 os mais incidentes nos casos de câncer de colo de útero.

Formas de detecção

Mesmo sem sintomas, é indicado que todas as mulheres realizem periodicamente o exame preventivo (Papanicolau). Com o diagnóstico em fase inicial, as chances de cura são de 100%. Apesar do exame ser gratuito no Sistema Único de Saúde e coberto também pelos planos de saúde, 52% das mulheres brasileiras não realiza o exame preventivo, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

O Papanicolau detecta alterações citopatológicas a partir do raspado celular, contudo, não identifica o vírus HPV em si.

Para isso, é possível solicitar ao médico a realização do teste molecular. O exame identifica a presença do HPV, e se o tipo de vírus presente é de baixo ou alto risco oncológico.

Um paciente com HPV, mesmo sem sintomas, pode transmitir o vírus e estar infectado por mais de um tipo ao mesmo tempo. Por isso, adotar medidas preventivas são muito importantes para evitar a transmissão dessa infecção sexualmente transmissível.

Prevenir é o melhor remédio para o câncer de colo de útero

O primeiro passo para prevenir o câncer de colo de útero é ficar atenta aos cuidados da saúde da mulher e prevenir-se do contágio pelo HPV. O uso de preservativos durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do HPV, pois a transmissão também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perianal e bolsa escrotal que contenham lesões.

Um grande aliado na prevenção é a vacinação. A vacina tetravalente contra HPV é gratuita para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer cervical.