Ao investigar a infertilidade, geralmente se busca entender na mulher se há algum tipo de problema hormonal, se há endometriose ou ovários policísticos, enquanto nos homens geralmente é investigado se tem alguma alteração em relação aos espermatozoides.
Contudo, algumas Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), inclusive assintomáticas, podem levar a infertilidade masculina ou feminina se não tratadas devidamente.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, ao não serem diagnosticadas e nem tratadas, de 10% a 40% das mulheres infectadas por clamídia ou gonorreia desenvolvem complicações graves como a doença inflamatória pélvica (DIP) e sequelas subsequentes, como gravidez ectópica ou até infertilidade. Já os homens podem desenvolver inflamação da uretra (uretrite) ou inflamação nos testículos (orquiepididimite) que impedem a passagem de espermatozoides, em decorrência dessas mesmas ISTs.
Conheça as principais ISTs que causam infertilidade e como descobrir o problema.
Clamídia
A infecção por Chlamydia trachomatis geralmente não apresenta sintomas clínicos. Porém, quando aparecem, podem ser confundidos facilmente com outras infecções. Por isso, muitas vezes o diagnóstico da clamídia é tardio, podendo levar a complicações como a infertilidade.
Tanto em homens quanto mulheres é importante observar:
- Dor ou ardência ao urinar;
- Aumento do número de micções;
- Secreção fluida;
- Nas mulheres ainda podem aparecer sangue nos intervalos do período menstrual e dor no baixo ventre.
O tratamento é feito com antibióticos específicos e deve ser feito junto com o parceiro para evitar reinfecção.
Gonorreia
A bactéria Neisseria gonorrheae infecta principalmente a uretra. Nas mulheres geralmente é assintomática e nos homens podem aparecer sinais mais aparentes, como:
- Dor ou ardência ao urinar.
- Saída de secreção purulenta através da uretra.
O tratamento antes era realizado com penicilina benzatina, mas o uso desregrado tornou a bactéria resistente e hoje são utilizados outros tipos de antibióticos para controle da doença. O tratamento é simples, barato e está disponível na rede pública de saúde.
O tratamento para ISTs precisa ser realizado com o antibiótico certo, na dosagem e momento correto, baseado nos padrões locais de resistência. Assim, é possível reduzir a contaminação e melhorar a saúde sexual e reprodutiva, segundo as novas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Contudo, se não houver tratamento, a infecção alcança o testículo masculino e o epidídimo, e nas mulheres pode chegar ao útero e ovários, causando então infertilidade em ambos.
Diagnóstico molecular
Uma das formas mais avançadas de se detectar uma IST é por meio do diagnóstico molecular, já disponível em laboratórios do Brasil, inclusive está no rol da ANS de cobertura dos planos de saúde.
O teste utiliza a técnica de PCR em tempo real, que detecta o ácido nucleico do patógeno causador da IST. Os benefícios desta técnica incluem a rapidez de resultado e a alta sensibilidade do teste. Isso é muito importante, devido a possibilidade de identificar a doença mesmo em casos assintomáticos.
O kit XGen Multiplex para detecção de ISTs possibilita através de uma única amostra, a identificação de 7 patógenos em um único teste, entre eles, Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrheae e outros agentes infecciosos.
Caso tenha dúvidas, converse com seu médico e solicite o diagnóstico molecular.
Referência:
- https://www.scielosp.org/article/csc/2018.v23n7/2423-2432/#
- https://draugustobussab.com.br/infeccoes-sexualmente-transmissiveis-ist-quais-e-como-podem-causar-infertilidade/
- https://www.who.int/hiv/pub/toolkits/stis_strategy%5B1%5Den.pdf
- https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/gonorreia-blenorragia/
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[…] falta de diagnóstico e tratamento de ISTs oferece riscos, podendo causar infertilidade, prematuridade, aborto e outras graves consequências inclusive no feto dependendo do tipo de […]
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