Dia de Combate a Hepatite Viral: saiba como se prevenir.

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Apesar de existir tratamento e formas de prevenção, 1,4 milhão de pessoas morrem por ano por causa da hepatite, uma inflamação no fígado. Esta é a segunda maior causa de morte por doença infecciosa, atrás apenas da tuberculose, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A doença pode ter diversas causas, como transmissão por vírus, uso excessivo de alguns remédios, álcool e drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

As hepatites virais mais comuns no Brasil são do tipo A, B e C. Os vírus D e E são encontrados com mais frequência na África e Ásia.

A Organização Mundial da Saúde estima que as hepatites virais B e C afetem 325 milhões de pessoas em todo o mundo. Este número pode ser ainda maior, pois várias pessoas são portadoras do vírus e ainda não foram diagnosticadas. Ser portador do vírus e ter hábitos como o abuso de remédios, álcool e drogas eleva muito o risco da doença evoluir causando graves danos ao fígado, como cirrose e câncer.

Formas de prevenção

A vacina contra hepatite A e B já fazem parte do calendário de vacinação das crianças pelo Sistema Único de Saúde. Em casos especiais, o médico pode solicitar uma nova dose, principalmente quando o sistema imunológico está comprometido.

Não existe vacina contra hepatite C, por isso, há a necessidade de ainda mais cuidado com a prevenção, tomando algumas medidas:

– Evite compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear e alicates de unha para não haver contágio por sangue.

– Utilize preservativo, pois é uma infecção sexualmente transmissível.

– A transmissão também pode acontecer durante a gravidez e o parto, sendo necessário incluir doses extras de vacinas e imunoglobulina nas 12 primeiras horas de vida do bebê.

Sintomas de hepatite

As hepatites virais são doenças silenciosas, quando apresentam sintomas a doença está em um estágio mais avançado. Geralmente, o paciente apresenta:

– Febre

– Fraqueza e mal-estar

– Dor abdominal

– Enjoo e náuseas

– Perda de apetite

– Urina escura (cor de café)

– Icterícia (olhos e pele amarelados)

– Fezes esbranquiçadas.

Tratamento

A hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente, sendo inclusive ofertado pelo SUS e pode levar de 12 a 24 semanas.

As hepatites B e D têm tratamento e podem ser controladas, evitando a evolução para cirrose e câncer.

A hepatite A é uma doença aguda e o tratamento se baseia em dieta e repouso. O tratamento inclui cuidado com a alimentação para que seja rica em proteínas e com baixo teor de gordura. A ingestão de líquidos é importante para evitar desidratação, exceto álcool que agrava o quadro. Geralmente, melhora em algumas semanas e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção.

Todas as hepatites virais devem ser acompanhadas pelos profissionais de saúde, pois as infecções podem se agravar.

O que acontece quando a hepatite não é tratada?

Quando a hepatite crônica evolui para uma cirrose e insuficiência hepática, aconselha-se o transplante de fígado.

De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, 50% dos transplantes de fígado são decorrentes de portadores de hepatites B e C. Até março de 2019, havia 1.063 adultos em espera por um fígado e 55 pacientes pediátricos, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).