Máscaras: como utilizar para proteger de verdade?

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As máscaras se tornaram parte de nossa rotina. A maioria das pessoas já entendeu que utilizá-las é uma forma de ajudar a impedir a disseminação da Covid-19. Mas agora as autoridades de saúde estão levando a mensagem um passo adiante: não use apenas a máscara, use-a bem.

Primordialmente, a máscara precisa cobrir completamente o nariz, a boca e o queixo. O material que compõe a máscara também é um fator importante para sua maior proteção.

fonte: CDC

Protocolo de utilização das máscaras nos aeroportos e aviões

A princípio, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tornou mais rígidas as regras para uso de máscaras em aeroportos e aviões no Brasil.

Estes tipos não são permitidas para viajar de avião de acordo com as novas regras:

  • Máscaras de acrílico ou de plástico;
  • Máscaras com válvula, mesmo que sejam as N95/PFF2;
  • Lenços, bandanas de pano;
  • Feitas com material que não seja considerado de proteção, ou seja, as máscaras de apenas uma camada de tecido ou feita de paetê, de tricô ou crochê.
  • Protetores faciais (face shields) usados sem máscara por baixo.

 

Os tipos que são permitidos:

  • Máscaras de pano que sigam as recomendações da ABNT. Em suma, elas precisam ser feitas com material como tecido plano ou malha, em duas camadas, com conjunto de alças que as seguram e a mantêm posicionadas cobrindo a boca, o queixo e o nariz.
  • As máscaras N95 e FPP2 (sem válvula) são as mais recomendadas.

Estudo mostra o poder da proteção das máscaras

Pesquisa realizada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) mostra que a máscara bem ajustada ao rosto pode proteger das partículas de aerossóis que disseminam o coronavírus.

“O ponto principal é o seguinte: as máscaras funcionam e funcionam melhor quando têm um bom ajuste e são usadas corretamente”, disse a diretora do CDC, Rochelle Walensky.

Em resumo, as principais conclusões desse estudo são de que:

  • Se duas pessoas estão utilizando máscaras ajustadas ao rosto, podem ter até 96% de proteção das partículas de aerossóis contaminadas pelo coronavírus.
  • Mesmo se apenas uma pessoa estiver com a máscara bem ajustada estará protegida de 64.5% a 83% de possíveis partículas contaminadas.
  • Máscaras mal ajustadas deixam o ar e as gotículas escaparem pela parte superior, lateral e inferior podem degradar o desempenho em até 50%.

Como chegaram a estas conclusões?

Os pesquisadores do CDC colocaram dois manequins um de frente para o outro a dois metros de distância. Um manequim serviu de fonte “exalando” através de um tubo de aerossol partículas de água salgada de um tamanho que poderia transportar o coronavírus. Nenhum vírus foi usado no experimento. O outro manequim era o receptor.

A imagem 1 mostra um boneco com uma máscara larga e sem ajuste ao rosto, em que há espaço para os aerossóis contaminados entrar e sair. Na imagem 2 foram colocadas duas máscaras no boneco, mostrando que eles apresentam maior proteção na entrada e saída de ar. Foto: SCOTT SANDERS/ CDC

Os pesquisadores mediram quantas gotas de solução salina chegaram a um bocal do manequim receptor que representava seu nariz e garganta. Em alguns experimentos, a equipe colocou máscaras cirúrgicas em apenas um dos manequins. Em outros, ambos usavam. Dessa forma, perceberam que a proteção é mais eficaz quando ambos os manequins utilizavam.

Concluindo, o estudo também sugere que o uso de duas máscaras, uma descartável e outra de tecido por cima também são mais eficazes na proteção. Contudo, a especialista do CDC reforça: “A melhor forma de máscara dupla é quando você e a pessoa com quem está interagindo estão usando uma máscara”.