Sexo oral e infecção pelo HPV aumentam casos de câncer de boca e garganta

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Estudos recentes publicados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Revista Câncer confirmam e esclarecem a relação do HPV com o câncer de boca e garganta. Segundo a publicação, o sexo oral é a principal forma de transmissão do vírus pela boca, se instalando principalmente na língua e amígdalas.

Esse tipo de tumor está se tornando mais comum na população mais jovem. O risco de desenvolver câncer de boca e garganta eleva-se quanto mais precoce iniciar a atividade de sexo oral, sendo 4,3 vezes maior quando o número de parceiros de sexo oral for superior a 10.

O HPV é mais comum do que se imagina

O HPV é considerado a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. Existem mais de 150 tipos de vírus dessa família. Estima-se que 50% da população sexualmente ativa já tenha sido infectada por algum tipo de HPV.

Os tipos de HPV podem ser classificados em baixo e de alto risco de desenvolver câncer.

Existem 12 tipos de HPV identificados como de alto risco: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59.

Os HPVs de tipo 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo, cerca de 70%. Eles também são responsáveis por até 90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos casos de câncer de vagina e até 50% dos casos de câncer vulvar.

Os cânceres de boca e de garganta são o sexto tipo mais comum no mundo, com 400 mil casos e 230 mil mortes ao ano. A incidência está fortemente relacionada ao HPV e à prática de sexo oral.

Os HPVs de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade.

Como saber qual tipo de HPV fui infectado?

O HPV é um vírus que possui um longo período de latência, fase em que não existem sintomas clínicos aparentes. Portanto, o diagnóstico preventivo é fundamental para o tratamento precoce das lesões pré-cancerígenas e sucesso do tratamento. Quanto antes é realizado o diagnóstico menos invasivo será o tratamento da região.

Existem testes moleculares que detectam o DNA de mais de 30 tipos de HPV com apenas uma amostra coletada do paciente. A coleta é simples, feita no consultório mesmo com swab (haste flexível) da região afetada.

O teste molecular da Mobius Life Science faz a identificação se o paciente está ou não com HPV e a genotipagem, mostrando o tipo de HPV o qual o paciente foi infectado. Conheça abaixo a metodologia do teste:

Saiba mais: https://mobiuslife.com.br/hpv/

Prevenção e vacina

O método mais eficaz para a prevenção da infecção pelo HPV continua sendo o uso da camisinha. O exame preventivo ginecológico, conhecido como Papanicolau também auxilia na detecção precoce do HPV.

Além disso, uma das formas mais eficazes para se proteger da doença é a vacina, que é aplicada gratuitamente pelo SUS em meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina ainda pode ser aplicada em pessoas com até 26 anos com HIV/Aids e em pacientes oncológicos ou transplantados com prescrição médica.

A vacina imuniza contra quatro tipos do vírus: tipos 16 e 18 de alto risco para o desenvolvimento de câncer, e dois tipos 6 e 11 causadores de verrugas genitais benignas.

Embora haja vacina disponível no Sistema Único de Saúde, estas são administradas apenas em crianças e adolescentes e não previnem a infecção para todos os tipos de HPV. Por isso, é essencial o uso de medidas preventivas e detecção precoce do papiloma vírus.