Saúde do homem: ficar em dia com exames reduz chances de desenvolvimento de câncer

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Desde 2011, o mês de novembro é marcado por ações de conscientização sobre a importância de diagnosticar precocemente o câncer de próstata, que é o mais frequente entre os homens, no Brasil, depois do câncer de pele. É importante destacar que, além dessas doenças, existem outras que se não identificadas com agilidade e precisão, podem desencadear complicações graves à saúde. Dessa forma, os exames de biologia molecular têm sido um diferencial para proporcionar mais qualidade de vida.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) reforçam que o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros, representando 29,2% dos tumores incidentes no sexo masculino. Segundo o levantamento mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde, foram notificados 65.840 casos da doença em 2020 e 15.841 mortes registradas no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

Umas das principais barreiras que dificultam a ida dos homens ao médico para solicitar exames preventivos são o preconceito e a falta de informação, que acabam gerando uma certa vergonha em procurar profissionais de saúde. O principal impacto disso é que os pacientes deixam de realizar exames que poderiam detectar o câncer de próstata, por exemplo, a tempo de realizar o tratamento adequado e curá-lo.

Compreendendo o câncer de próstata

A próstata é uma glândula que só os homens têm e está localizada na parte inferior do abdômen. Trata-se de um pequeno órgão, localizado logo abaixo da bexiga e em frente ao reto (parte final do intestino grosso). A próstata engloba a porção inicial da uretra, que é o tubo por onde a urina armazenada na bexiga é eliminada. Ela produz parte do sêmen, que é liberado durante o processo sexual.

O câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, uma vez que cerca de 75% dos casos ocorrendo após os 65 anos. Alguns tumores podem crescer rapidamente, se espalhando para outros órgãos e, eventualmente, levando à morte. A maioria, por outro lado, cresce a um ritmo tão lento (cerca de 15 anos para atingir 1cm³) que não causa sintomas e não coloca em risco a saúde humana.

Sintomas e fatores de risco

Em seus estágios iniciais, o câncer de próstata progride silenciosamente. Muitos pacientes são assintomáticos ou apresentam sintomas semelhantes ao crescimento benigno da próstata, que são dificuldade para urinar, necessidade de urinar com mais frequência durante o dia ou à noite. No estágio mais avançado, pode causar dor abdominal, sintomas urinários ou, em casos mais graves, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata, estão:

  • Tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos;
  • Um pai ou irmão diagnosticados com câncer de próstata antes dos 60 anos podem refletir nos fatores genéticos (hereditários);
  • O excesso de gordura corporal aumenta o risco de desenvolver este tipo de câncer;
  • A exposição a aminoácidos aromáticos (comuns nas indústrias química, mecânica e de alumínio), arsênico (usado como preservador de madeira e agrotóxico), derivados de petróleo, motores de escape de veículos, hidrocarbonetos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas têm sido relacionadas ao câncer de próstata.

A identificação precoce do câncer de próstata, identificando o tumor numa fase inicial, é fundamental para aumentar as chances de um tratamento bem-sucedido. Além disso, é preciso estar atento às outras doenças que podem acometer a saúde de homem e que podem ser desencadeadas por diferentes fatores, como é o caso das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

HPV e a saúde do homem

A contaminação pelo Papilomavírus humano (HPV) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns e costuma ser associada apenas às mulheres, por ser responsável pelo câncer de colo de útero. Porém, diferente do que muitos pensam, esse tipo de contaminação também é um fator de risco para os homens. Na saúde masculina, a infecção pode trazer graves consequências como o câncer de orofaringe, câncer anal, câncer de pênis, entre outros.

Existem mais de 150 tipos de HPV. Dentre eles, estão os tipos de alto risco, os quais possuem grande potencial carcinogênico, e os tipos de baixo risco que estão mais associadas as alterações benignas. Os pacientes infectados podem ser assintomáticos ou apresentar desde verrugas genitais benignas

Apesar do câncer de pênis ser raro, estima-se que 26 mil novos casos são diagnosticados por ano. Estudos também indicam que de 30-50% dos casos de carcinoma (o tipo de câncer de pênis mais comum) estejam associados à infecção por HPV, principalmente pelo de alto risco 16. Porém, outros tipos de HPV como 18, 31 e 33 foram relatados em alta porcentagem nos casos desse tipo de câncer, que além dos agravos na saúde masculina também geram efeitos psicológicos devastadores.

Além da conscientização sobre a prevenção das ISTs, o acompanhamento médico regular e o diagnóstico precoce são essenciais para prevenção de agravos na saúde e para a diminuição das taxas de transmissão.

Solução da Mobius

O Painel Multi HPV Flow Chip da Mobius utiliza metodologias de baixa sensibilidade e especificidade para identificação do papilomavírus humano. O teste molecular detecta o patógeno e diferencia os genótipos virais de alto e baixo risco (incluindo o 16 e o 18), promovendo um diagnóstico preciso e consequentemente um tratamento mais eficaz.

A metodologia envolve a amplificação da região L1 do papiloma vírus humano por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Multiplex, seguido por hibridização reversa (Dot Blot) com sondas específicas de DNA imobilizadas em um chip que é composto por membrana de nylon (Tecnologia Flow Chip).

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