A sepse é a reação exagerada do organismo a uma infecção, prejudicando o funcionamento de seus próprios tecidos e órgãos, podendo ser fatal se não for identificada e tratada rapidamente. Antigamente, a sepse era conhecida como infecção generalizada.
Esta é a maior causa de morte evitável do mundo, que leva à óbito cerca de 11 milhões de pessoas todos os anos. Estima-se que uma a cada 5 mortes são causadas pela sepse.
A maioria das infecções, como pneumonias ou infecções urinárias podem evoluir para sepse se não forem identificadas rapidamente e tratadas de forma adequada.
Sintomas da sepse
De acordo com o Instituto Latino-americano de Sepse (ILAS), é importante ficar atento aos seguintes sintomas:
– Febre
– Aceleração do coração
– Fraqueza
– Respiração rápida
– Pressão baixa
– Diminuição da urina
– Confusão mental
A transferência do paciente nas primeiras 24 horas para uma unidade de terapia intensiva é fundamental para o aumento das chances de sobrevida, pois a sepse evolui em questão de horas nestas cinco etapas.
Evento aborda o uso do diagnóstico molecular para detecção da sepseA Mobius, empresa brasileira de tecnologia para diagnóstico molecular, realiza o seminário on-line: “Experiência com o uso da Biologia Molecular para o Diagnóstico Assertivo de Infecções Graves e SEPSE” que acontece no dia 08 de Outubro, às 19h. Neste seminário online com certificado, o Dr. Adelino de Melo Freire Jr. trará um conteúdo atual e muito relevante de sua vivência médica na detecção da sepse. |
Sepse tem cura? As 5 etapas da evolução da Sepse
1 – Infecção
Tudo começa com a infecção causada seja por um micro-organismo. É importante que já nos primeiros sintomas seja identificado o causador da doença, para que ocorra um tratamento eficaz. Neste estágio as chances de vida ainda são grandes.
É importante saber que toda sepse começa com uma infecção, mas nem toda infecção vai evoluir para uma sepse.
2 – Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS)
É uma resposta clínica resultante de uma agressão ao organismo não especificada. A presença de pelo menos dois desses sintomas já é um indicativo de sepse:
– Temperatura acima de 38,6º C ou abaixo de 36º C.
– Frequência respiratória acima de 20 rpm.
– Leucócitos acima de 12 mil ou abaixo de 4 mil.
3 – Sepse
Acontece quando a SRIS com o foco infeccioso é confirmada ou suspeita. Começa a corrida contra o tempo, o recomendado é que o paciente seja internado na UTI para o início dos cuidados.
A realização do diagnóstico molecular neste estágio é bem importante, pois vai auxiliar a equipe médica a saber qual é o agente causador da infecção. Assim, é possível realizar um tratamento mais específico e evitar que o paciente passe para os próximos estágios.
4 – Sepse grave
Este é um estágio delicado, em que o organismo já apresentou uma resposta exagerada a infecção atacando até mesmo órgãos que antes estavam saudáveis. O paciente pode começar a apresentar falência de órgãos como fígado, rins, pulmão ou do sistema nervoso central.
5 – Choque séptico
O agravamento acontece com a insuficiência circulatória (hipotensão refratária), com obstrução dos vasos, inviabilizando a aplicação de soro ou qualquer outro medicamento. Quando o paciente atinge esta etapa, não há outro desfecho senão a morte.
Diagnóstico molecular: identificação rápida e precisa da sepse
Assim que o paciente é internado na UTI são coletadas amostras de sangue para procedimentos laboratoriais. Tradicionalmente, é solicitada a hemocultura para identificação do patógeno, que leva em média 72 horas. Contudo, em alguns casos pode levar até 7 dias para identificação completa.
Uma forma mais avançada de auxiliar o paciente é por meio do teste molecular, que faz a detecção do material genético do patógeno com um resultado preciso em até 24 horas. Assim, o paciente tem mais chances de receber o tratamento adequado e recuperar-se.
A Mobius Life Science, empresa brasileira de tecnologia em diagnóstico molecular, tem em seu portfólio um kit que identifica mais de 36 patógenos e 20 genes de resistência de agentes causadores da sepse.
Relato de uma sobrevivente
O site do ILAS há depoimentos de pessoas que sobreviveram à sepse. Conheça a história da Débora, que enfrentou a doença com apenas 16 anos:
Olá, meu nome é Débora. Tenho 24 anos hoje, mas quando tive sepse tinha apenas 16 anos. Fiquei internada quase 3 meses no hospital.
A origem da sepse no meu caso foi o pulmão. Peguei pneumonia, sepse e depois ainda tive tuberculose. O Dr Sérgio Luís que diagnosticou e me salvou. Eu e minha mãe somos eternamente gratas a ele por isso.
Foi ele que fez minha internação imediata e salvou minha vida, ele disse que quase não é diagnosticado e que muitos morriam com isso.
O hospital metropolitano de São Paulo foi acolhedor e foram rápidos em absolutamente TUDO. Eu cheguei lá sem respirar, com taquicárdia, dor no pulmão e com muito medo, minha pressão estava perigosamente baixa e para uma adolescente tudo aquilo foi muito assustador. Tive que ficar na UTI por 3 longos dias e toda vez que eu ficava boa pra ir para o quarto, minha ansiedade era tanto que meu batimento cardíaco acelerava e eu novamente tinha ficar na UTI.
Se não fosse a equipe do hospital, minha família e amigos e todos os doutores que me trataram eu não estaria aqui para contar a história. Sepse é coisa séria… os sintomas parecem tudo menos sepse e morre MUITA GENTE por causa disso.
Tive sequelas por causa disso, meu pulmão esquerdo ficou menor… eu andava muito e era muito ativa. Por muito tempo, não conseguia mais me exercitar como antigamente. Não foi fácil, mas estou viva e 50% das pessoas que passam por isso não estão. As injeções na barriga eram absurdamente dolorosas, meu sangue coagulava, eu não respirava direito… por um tempo tive que ter ajuda de máquinas para respirar, mas valeu à pena porque hoje estou aqui.
Por favor, se você está lendo isso ajude, compartilhe, contribua. Todos precisam saber sobre a Sepse e como evitar que mais mortes aconteçam. Nem todo mundo tem um Dr. Sérgio para ser o herói da história. Ele é o da minha. Sou grata e espero que mais vidas possam ser salvas!