A tuberculose (TB) é uma das ameaças mais mortais para a saúde pública hoje em dia. É a doença infectocontagiosa que mais causa óbitos de indivíduos adultos no mundo. Em 2017, 10 milhões de pessoas contraíram tuberculose e foram registradas 1.3 milhões de mortes. Só no Brasil, a doença atinge aproximadamente 70 mil pessoas todos os anos e leva à morte mais de 4 mil delas. Além de ser considerada uma das principais causas de morte em pessoas infectadas pelo HIV.
As limitações no diagnóstico convencional da tuberculose, políticas inadequadas de saúde pública associadas a uma situação socioeconômica desfavorável da população, o fato do tratamento da doença ser de longa duração (seis meses ou mais) com até 20 comprimidos diferentes por dia, injeções diárias e efeitos colaterais dolorosos acarretam o alto índice de abandono ao tratamento. Por sua vez, causa o aparecimento das formas resistentes da doença, ainda mais difíceis de tratar. Globalmente, apenas 48% das pessoas que iniciam o tratamento de tuberculose resistente (TB-DR) são curadas. Todos esses fatores trazem a necessidade do uso de metodologias mais avançadas para um diagnóstico rápido, sensível e confiável de casos de TB-DR e, consequentemente, a aplicação de uma terapia eficaz.
O diagnóstico molecular que é baseado na amplificação de ácidos nucléicos vem apresentando resultados bastante satisfatórios, de alta sensibilidade e alta especificidade em tempo reduzido. Essa nova geração de testes moleculares possibilita detectar simultaneamente a resistência a drogas de primeira linha além do complexo M. tuberculosis de forma rápida e eficaz para o tratamento clínico.
O kit utiliza a metodologia de PCR em tempo real para detecção de cepas do complexo Mycobacterium tuberculosis (M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum e M. microti) e também cepas de vacinas BCG.
Os kits utilizam as tecnologias por PCR e DNA-STRIP para detecção do complexo Mycobacterium tuberculosis (M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. microti e M. canetti), cepas de vacinas BCG e sua resistência contra drogas de primeira linha. As fitas Hain são recomendadas pela OMS para detecção de TB multidroga resistente (TB MDR) e extensivamente resistente (TB XDR).
GenoType NTM: detectam o complexo M. tuberculosis e diferenciam espécies clinicamente relevantes de NTM
GenoType MTBDRplus: detecta complexo M. tuberculosis e suas resistências a rifampicina e isoniazida (alto e baixo grau)
GenoType MTBDRsl: detecta complexo M. tuberculosis e suas resistências a fluroquinolonas, aminoglicosídeos e peptídeos cíclicos (e/ou etambutol)