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H. pylori: bactéria que pode causar câncer de estômago se manifesta em cerca de 60% da população mundial

25/07/2023
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A Helicobacter pylori é uma bactéria com distribuição universal, considerada a causa de infecções crônicas mais frequente em humanos. Estima-se que cerca de 60% da população global esteja acometida por esse microorganismo. Ele é responsável por 30% a 50% dos cânceres gástricos em todo o mundo, com prevalência de 350 mil casos por ano. Além disso, a H. pylori pode estar relacionada ao desenvolvimento de doenças como gastrite crônica, úlcera péptica, duodenal e até mesmo câncer e linfoma gástrico. Isso reforça a importância de um diagnóstico rápido e seguro.

A gastrite induzida por H. pylori, por exemplo, é uma das infecções crônicas mais comuns em indivíduos de todas as idades. A bactéria apresenta distribuição cosmopolita, ou seja, é encontrada em habitantes dos cinco continentes. No entanto, esse tipo de infecção é mais frequente e adquirida mais cedo nos países em desenvolvimento, comparados com as nações industrializadas. Confira a incidência de infecção por H. pylori no quadro abaixo.

 

Países em desenvolvimento e subcontinentes

América Central

entre 70% e 90%

América do Sul

entre 70% e 90%

Ásia

entre 50% e 80%

Europa Oriental

70%

Europa Ocidental

entre 30 e 50%

Países desenvolvidos

Canadá

30%

Estados Unidos

30%

Austrália

20%

A prevalência da infecção por H. pylori varia com a idade, o nível socioeconômico e a raça. A evidência sorológica raramente é encontrada antes dos 10 anos, mas aumenta para 10% naqueles entre 18 e 30 anos de idade e para 50% naqueles com mais de 60 anos. Em qualquer faixa etária, a infecção parece ser mais comum em negros e hispânicos em comparação com a população branca, e essas diferenças provavelmente estão em parte relacionadas a fatores socioeconômicos.

70% da população brasileira pode estar infectada pela H. pylori

 

A H. pylori é uma bactéria que vive na superfície da mucosa gástrica e desenvolveu mecanismos de defesa que a permitem sobreviver no ambiente ácido e inóspito do estômago. “A gastrite induzida por ela é uma das infecções crônicas mais comuns na espécie humana. Estima-se que, aproximadamente, 70% da população brasileira esteja infectada por esta bactéria. Mas, por razões ainda desconhecidas, enquanto algumas pessoas são assintomáticas, outras desenvolvem gastrites, úlceras e até mesmo câncer gástrico”, diz Cristiane Nagasako, médica gastroenterologista.

A médica lembra que, desde 1994, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, da Organização Mundial de Saúde (OMS), reconhece a H. pylori como um agente carcinogênico do tipo 1. Dessa forma, é considerada uma bactéria relacionada ao câncer em humanos. A presença da bactéria no estômago pode levar à atrofia gástrica, que aumentaria o risco de desenvolver, posteriormente, adenocarcinoma gástrico, responsável por causar cerca de 95% dos casos de tumor do estômago.

Tratamento da H. pylori

 

O tratamento da H. pylori é feito, principalmente, com antibióticos. E o sucesso na erradicação depende da aderência e da sensibilidade da bactéria ao medicamento escolhido. A presença de resistência a determinados antibióticos reduz drasticamente a chance de eliminar a bactéria.

Atualmente, os testes moleculares permitem identificar as cepas resistentes a determinados antibióticos e esse conhecimento auxilia o médico a escolher o tratamento mais efetivo para a erradicação da bactéria, evitando tratamentos ineficazes e efeitos colaterais desnecessários. A resistência antibiótica, principalmente aos compostos Claritromicina e Levofloxacina, vem aumentando mundialmente e se mostra como o principal fator determinante para a dificuldade de erradicação do H. pylori, afirma a gastroenterologista.

Exames moleculares garantem mais assertividade ao tratamento da H. pylori

 

Os testes de PCR em tempo real, projetados para a identificação específica da H. pylori e detecção de resistência à Claritromicina em fragmentos do tecido gástrico de pacientes com sintomas gastrointestinais, podem auxiliar na adequada detecção e no tratamento da bactéria.

 

Em razão da alta sensibilidade e especificidade do teste, é possível identificar a presença da bactéria e da resistência à Claritromicina”, destaca Dra. Cristiane.

 

A Mobius lançou, em 2023, o Kit Master H.pylori para identificação da bactéria e sua resistência à Claritromicina. Além dele, o GenoType HelicoDR também faz parte das soluções disponibilizadas para todo o Brasil. Resultados mais específicos direcionam ao tratamento mais eficaz.