O câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos de neoplasias no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos. A exposição exagerada ao sol e a falta de proteção são as principais causas do câncer de pele. Cerca de 90% das lesões localizam-se nas áreas da pele que ficam expostas ao sol.
A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Os diferentes tipos de câncer são definidos de acordo com a camada afetada. O mais letal também é o mais raro, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.
Ocorre nas células da camada basal, é o tipo de câncer de pele mais frequente, cerca de 70% dos casos, e com menor grau de malignidade. Crescem muito lentamente e quase nunca resultam em metástase, mas se não for tratado, pode se desenvolver abaixo da pele e causar danos aos tecidos mais profundos. Fique atento a feridas que não cicatrizam ou lesões que sangram com facilidade devido a pequenos traumatismos, como o roçar da toalha.
Tem o crescimento mais rápido e além da pele pode atingir mucosas (lábios, mucosa bucal e genital). Se não tratado pode fazer metástase para outros órgãos. As lesões atingem principalmente a face e a parte externa dos membros superiores. Iniciam-se pequenas, endurecidas e tem crescimento rápido, podendo chegar a alguns centímetros em poucos meses.
É o câncer de pele mais perigoso devido ao seu alto potencial de metástase. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão, as chances de cura são de mais de 90%, quando a detecção é precoce. Origina-se dos melanócitos, células que produzem o pigmento que dá cor a pele. Em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, a “pinta” ou o “sinal”, mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. As lesões de melanoma apresentam características muito singulares, basta seguir a regra do ABCD:
Quanto antes a lesão for retirada, maior a chance de cura e pode -se evitar a metástase. A retirada com margem de segurança adequada é o procedimento com melhor índice de cura e deve ser sempre a primeira opção de tratamento. Mas cada caso deve ser avaliado por um médico especialista. Qualquer alteração na pele ou suspeita, consulte um profissional.
Os avanços tecnológicos na área da saúde são grandes aliados para o prolongamento da vida. Na área da oncologia não é diferente. A cada dia, novas técnicas de prevenção e de diagnóstico molecular, possibilitam um tratamento diferenciado para cada pessoa baseado nas suas características genéticas.
Essa “medicina personalizada” consiste no mapeamento do DNA do paciente, retirado do sangue ou da saliva, para a leitura de células com indícios de mutações predispostas ao câncer. Uma vez detectada a predisposição, é possível identificar qual o tipo de câncer essa pessoa é suscetível e individualizar as medidas preventivas ou, em casos mais avançados, identificar os melhores medicamentos para o tratamento. O mapeamento genético é fundamental, pois fornece dados para que tanto médicos quanto pacientes possam tomar decisões importantes e mais assertivas sobre sua saúde.
Além do câncer, o mapeamento genético tem sido utilizado para descobrir genes responsáveis por doenças hereditárias, como a fibrose cística, distrofia muscular e a trombose.