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A gonorreia é uma Infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, conhecida comumente como gonococo, podendo se manifestar como uma uretrite, além de causar diversas complicações quando não tratada. Com o uso de antibióticos ao passar dos anos, as bactérias estão criando resistência aos medicamentos e se tornando superbactérias, como a supergonorreia. A N. gonorrhoeae desde a descoberta da penicilina já se tornou resistente a seis tipos de antibióticos.

Sobretudo, é a segunda IST bacteriana mais comum em todo o mundo. Ela afeta homens e mulheres de modo semelhante, apesar de ser mais facilmente identificada nos homens.

Incidência da supergonorreia

Desde 2014, a transmissão da gonorreia aumentou 63%, de acordo com dados do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) nos Estados Unidos. Atualmente existe uma média de 90 milhões de novos casos anualmente.

Além de possíveis sequelas a longo prazo nas mulheres, como gravidez ectópica e infertilidade, por consequência, essa situação pode facilitar a transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Como a pandemia afetou a resistência da Neisseria gonorrhoeae (gonorreia)

Protocolos com a indicação de remédios para tratamento de Covid-19 têm sido divulgados ao redor do mundo desde o início da pandemia. Por conseguinte, o caso se torna ainda mais preocupante quando se trata de protocolos para tratamento precoce da doença, com o uso indiscriminado de diversas medicações. Um dos remédios indicados nesses protocolos é o antibiótico Azitromicina.

Por exemplo, a Azitromicina é um antibiótico de amplo espectro comumente utilizado no tratamento da gonorreia, e com o uso indiscriminado existe uma maior propensão a ser desenvolvida uma superbactéria.

“O uso excessivo de antibióticos na comunidade pode alimentar o surgimento de resistência antimicrobiana na gonorreia. A Azitromicina – um antibiótico comum para o tratamento de infecções respiratórias – foi usada para o tratamento com Covid-19 no início da epidemia.

Tal situação pode alimentar o surgimento de resistência da gonorreia, incluindo gonorreia superbactéria (supergonorreia) ou gonorreia com alto nível de resistência aos antibióticos atuais recomendados para tratá-la“, afirmou um porta-voz da OMS, em entrevista publicada no jornal britânico The Sun. Ao passo que complementa “As cepas resistentes da gonorreia continuam sendo um desafio crítico para os esforços de prevenção e controle de IST.”

Um estudo feito no Reino Unido revelou que 71% dos pacientes com Covid-19 receberam o antibiótico, enquanto apenas 4% realmente precisaram do antibiótico por conta de infecção bacteriana.

Como identificar a Supergonorreia?

A supergonorreia apresenta os mesmos sintomas de uma gonorreia comum, porém estes sintomas não melhoram após o uso do antibiótico recomendado no tratamento, aumentando assim o risco de complicações.

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Tratamento da gonorreia

A princípio, o tratamento se inicia com medicamentos comuns para a Neisseria gonorrhoeae, com antibióticos como Azitromicina e Ceftriaxona. Contudo, um antibiograma pode ser realizado para saber o perfil de sensibilidade da bactéria, conforme a doença não responde ao tratamento.

Em contrapartida, é comum identificar a resistência a quase todos os antibióticos, porém, é possível que algum antibiótico em concentrações mais elevadas seja eficiente. Com a definição do medicamento ideal o tratamento pode ser iniciado, geralmente com o paciente internado para a administração do antibiótico diretamente na veia.

Em síntese, o ideal é durante o tratamento realizar exames periódicos para garantir que o antibiótico continua eficaz, e caso contrário, definir uma nova medicação por meio de um novo antibiograma.

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