O vírus sincicial respiratório (VSR) é uma das principais causas de resfriado em adultos sem muita gravidade. Por outro lado, pode levar a graves infecções respiratórias como bronquiolite e pneumonia em crianças menores de 2 anos.
Este vírus é altamente contagioso. Acredita-se que até os 3 anos todas as crianças já entraram em contato com o vírus ao pegar um resfriado. Contudo, alguns grupos podem desenvolver formas mais graves da doença como: bebês prematuros, portadores de distúrbios cardíacos congênitos ou pessoas que tenham doenças pulmonares crônicas.
Este vírus é responsável por 66,7% dos internamentos de bebês prematuros, segundo pesquisa da BREVI (Brazilian Respiratory Virus Study) publicada na revista Crescer. Os pesquisadores acompanharam mais de 300 prematuros (nascidos com até 35 semanas de gestação) em Porto Alegre, Curitiba e Ribeirão Preto. Os bebês foram monitorados por um ano e entre os vírus associados a infecções respiratórias graves, o VSR foi o mais frequente.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o VSR é responsável por cerca de 60 milhões de infecções com 160 mil mortes anuais em todo o mundo.
A princípio, algumas condições favorecem o aumento dos riscos, como:
Como resultado desses hábitos, as internações de bebês por VSR vem crescendo. Nos Estados Unidos nos últimos 20 anos houve uma duplicação nas taxas de hospitalização de bebês por VSR. No Reino Unido essas taxas triplicaram em 25 anos. Em São Paulo observou-se um aumento de 70% nas últimas duas décadas.
Mesmo que os sintomas sejam muito parecidos com uma gripe, o diagnóstico na maior parte das vezes é clínico, ou seja, baseado nos sintomas apresentados, como: febre, chiado no peito, tosse e dificuldades respiratórias.
Nos casos mais graves, o médico pode solicitar exames laboratoriais que vão dizer com precisão qual vírus acomete o paciente. Este pode ser um importante guia para definir o tratamento ideal, além de prevenir disseminações intra-hospitalares, proporcionar vigilância, e em alguns casos, diminuir custos de internação.
De fato, os exames mais comumente usados para o diagnóstico são a cultura de células ou imunofluorescência. Porém, a metodologia considerada padrão ouro é o diagnóstico molecular por apresentar maior sensibilidade e rapidez.
O teste molecular já é amplamente disponibilizado por laboratórios. Em resumo, é realizado pela técnica chamada PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) que faz a amplificação do material genético do vírus, produzindo milhões de cópias até que se obtenha a quantidade suficiente de produto para análise e obtenção do resultado preciso de qual é o agente causador da infecção.
Certamente alguns cuidados ajudam a prevenir infecções respiratórias virais, adotar alguns bons hábitos pode ajudar, por exemplo: