Leucemia é um câncer que atinge os glóbulos brancos do sangue. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), foram estimados 10.810 novos casos de leucemia no Brasil em 2020, sendo 55% dos casos em pacientes homens. Quanto às mortes, o levantamento de 2017 do instituto indicou 4.795 óbitos no Brasil decorrentes da doença. Por estas razões se faz muito importante conhecer mais a respeito da doença e seus sintomas, e sempre que necessário buscar auxílio médico para possibilitar um diagnóstico precoce e maiores chances de um tratamento eficaz.
Para compreender mais a respeito da leucemia, é preciso compreender um pouco também sobre a medula óssea e o sangue.
A medula óssea é um tecido esponjoso que preenche o interior dos ossos, sendo conhecido popularmente como tutano. É na medula que ocorre o desenvolvimento de elementos figurados do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas) através de células-tronco hematopoéticas.
O sangue é um fluido viscoso, cuja cor varia de um vermelho brilhante a vermelho escuro. Em um corpo humano adulto, cerca de 5 litros de sangue circulam pelo corpo todo, dentro dos limites do sistema circulatório.
O sangue é formado pelo plasma (parte líquida) e pelas células sanguíneas (elementos figurados).
A leucemia é um câncer que se desenvolve nas células-tronco da medula óssea.
Na leucemia, células sanguíneas não maduras sofrem mutações genéticas e se tornam cancerosas. Essas células não possuem o funcionamento normal, multiplicando mais, e morrendo menos, quando comparadas a células saudáveis. Dessa forma, devido a uma grande quantidade de células cancerosas na medula, a produção de células normais e saudáveis é suprimida.
As leucemias são caracterizadas como “crônica” ou “aguda” de acordo com a velocidade em que a doença se desenvolve e se torna grave. A forma crônica tem como característica a progressão lenta das células leucêmicas, e estas células conseguem realizar o trabalho de glóbulos brancos com certa funcionalidade, enquanto a forma aguda progride rapidamente e produz células não maduras e que não desempenham o funcionamento normal.
A leucemia também é classificada a partir do glóbulo branco que atinge: linfoide ou mieloide.
Existem diversos tipos de leucemia, e os quatro tipos principais são:
Sinais e sintomas podem indicar a presença da doença. O sinal é uma mudança que o médico observa em exames ao paciente, ou em testes laboratoriais. Já o sintoma é quando o paciente vê ou sente algo de diferente.
A leucemia diminui a quantidade de células sanguíneas saudáveis como um todo. A diminuição dos glóbulos vermelhos causa anemia, cujos sintomas incluem palidez, fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, entre outros. A diminuição dos glóbulos brancos provoca a baixa imunidade, deixando o organismo mais suscetível a infecções. A diminuição das plaquetas ocasiona sangramentos, manchas roxas ou pontos roxos pela pele.
Além destes sintomas, o paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados, principalmente na região do pescoço e axilas, febre ou suores noturnos, perda de peso sem motivo aparente, desconforto abdominal, dores nos ossos e articulações.
Caso a doença atinja o Sistema Nervoso Central (SNC), podem surgir dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.
Caso seja apresentado sinais ou sintomas sugestivos da doença, o indicado é procurar um médico. A detecção precoce é sempre o maior aliado para o tratamento, possibilitando maior chance de cura.