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Câncer de mama: o “visitante” que ninguém convida

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo (excluindo os tumores de pele não melanoma). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram mais de 2,3 milhões de novos casos em 2022.

De acordo com a American Cancer Society, 1 em cada 8 mulheres que viverem até os 75 anos desenvolverá a doença.
Embora a maioria dos diagnósticos aconteça após os 40 anos, o número de casos em mulheres jovens vem aumentando. Hoje, cerca de 5 a 7% dos casos acontecem antes dessa idade.

E o mais preocupante: quando o câncer aparece cedo, tende a ser mais agressivo, difícil de detectar e com maior risco de recorrência.

Como o câncer de mama chega sem avisar?

Na maioria das vezes, o câncer de mama é uma doença silenciosa. Ele cresce devagar, e quando dá sinais, como nódulos, alterações na pele e secreção, já passou da fase “sutil”.

Entre os principais sinais de alerta estão:

  • Caroços ou nódulos na mama;
  • Alterações na pele da região: Inchaço, vermelhidão, aspecto “casca de laranja”;
  • Mudança no formato ou tamanho da mama;
  • Saída de secreção pelo mamilo;
  • Dor ou sensibilidade incomum.

Por isso, é fundamental ficar sempre atenta a qualquer mudança no corpo. Caso identifique algo de diferente procure imediatamente um médico ou profissional de saúde.

Quando a genética dá o sinal de alerta

O seu DNA também pode acender um alerta sobre a possibilidade do câncer de mama. Isso porque, em alguns casos essa ela vem como uma “herança”.

Mutações em genes como BRCA1 e BRCA2 podem aumentar bastante o risco da doença.

Se há histórico familiar (mãe, irmã, avó diagnosticadas antes dos 50), vale a pena conversar com o médico sobre testes genéticos e rastreamento antecipado.

Mas importante, a genética não é o único fator que pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença. Na verdade, cerca de 5 a 10% dos casos estão relacionados a alterações genéticas herdadas.

A maioria dos casos, cerca de 90 a 95% está ligada aos chamados fatores esporádicos. Ou seja, o câncer surge por uma combinação de elementos como exposição hormonal, envelhecimento, hábitos de vida (alimentação, sedentarismo, consumo de álcool e tabaco) e até fatores ambientais. 

Por isso é importante ficar atenta. Quanto antes a doença é descoberta, melhor o prognóstico.

O superpoder do diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce é o verdadeiro superpoder que salva vidas.
Quando o câncer é descoberto no início, as chances de cura ultrapassam 90% e o tratamento tende a ser menos invasivo.

Detectar o câncer precocemente é como descobrir os planos do inimigo antes que ele ataque, você ganha tempo e opções.

No caso de mulheres abaixo dos 40, especialmente aquelas que possuem histórico familiar ou fatores de risco, também valer a penas buscar por outros exames como ultrassom ou ressonância magnética das mamas.

Tenha em mente que o diagnóstico em mulheres jovens também é desafiador. O volume de músculos e gordura nas mamas pode dificultar os exames de imagem. Por isso que quanto mais aliados você tiver a seu favor, maiores são as chances de conseguir identificar algo ainda no começo.

Por onde começar?

Quando o assunto é câncer de mama, o primeiro passo é a conscientização.
Buscar informações confiáveis é essencial para entender quais sinais observar, quando procurar ajuda médica e como se prevenir.

O segundo passo é conhecer seu corpo.
Saber o que é normal para você facilita identificar quando algo está diferente.
O autoexame não substitui a mamografia, mas é um ótimo hábito de autoconhecimento.

Outra etapa importante é entender sua história familiar.
Ela ajuda você e seu médico a definirem quais exames fazer e com que frequência.

E, claro, adote hábitos de prevenção.
Pequenas escolhas têm grande impacto: praticar atividade física, manter uma alimentação equilibrada, dormir bem e reduzir o consumo de álcool são atitudes simples que ajudam a equilibrar os hormônios e proteger o corpo contra inflamações.

E lembre-se: o câncer de mama não é um assunto “para depois dos 40”.
Quanto mais cedo falamos sobre ele, mais cedo reconhecemos os sinais — e mais vidas podemos salvar.

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