Todos os anos, no dia 14 de junho, países de todo o mundo comemoram o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a necessidade do sangue e seus derivados em tratamentos médicos e no apoio a procedimentos cirúrgicos. Além de agradecer aos doadores por sua iniciativa que salva vidas.
A transfusão de sangue e os hemoderivados ajudam a salvar milhões de vidas todos os anos. O sangue doado é essencial para atendimentos de urgência e emergência, cirurgias de grande porte e tratamentos de doenças crônicas e cânceres. No entanto, em muitos países, os serviços de sangue enfrentam o desafio de disponibilizar sangue suficiente, além de garantir sua qualidade e segurança.
No mundo,a cada 2 segundos, alguém precisa de uma transfusão de sangue.
O tema da campanha deste ano, segundo a WHO, é a doação de sangue como uma ação de solidariedade. Destaca os valores humanos fundamentais do altruísmo, respeito, empatia e gentileza que sustentam os sistemas voluntários de doação de sangue não remunerado. O slogan adotado “Esteja lá por alguém. Doe sangue. Compartilhe a vida” (Be there for someone else. Give blood. Share life), é para chamar a atenção para os papéis que os sistemas de doação voluntária desempenham, encorajando as pessoas a cuidarem umas das outras e gerando laços sociais e uma comunidade unida.
Uma bolsa de sangue, com cerca de 450ml, pode ajudar até três vidas.
De acordo com o Ministério da Saúde, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue. No país, 3,5 milhões de pessoas realizam transfusões sanguíneas por ano. Com tantos avanços da ciência e tecnologia, infelizmente ainda não existe nenhum tipo de medicamento ou um substituto do sangue. Quem precisa, só consegue graças à generosidade de quem doa. Por isso a importância de doar regularmente.
No mundo, menos de 38 % da população mundial é apta para doar sangue. E dos que podem doar, menos de 10% fazem isso anualmente. O sangue doado começa a ser reposto no organismo 24 horas após a doação. E todo o processo da doação não dura uma hora do seu dia.
1 em cada 7 pacientes hospitalizados necessitam de transfusão de sangue.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou o perfil do doador de sangue brasileiro. Em resumo, a maioria é homem, representando 78% das doações, 70% estão na faixa etária de 26 a 45 anos, 58% possuem ensino médio incompleto e apenas 8% possuem ensino superior.
Atualmente, o Brasil possui 32 hemocentros coordenadores e 2.033 serviços de hemoterapia, incluindo hemocentros regionais, núcleos de hemoterapia, unidades de coleta e transfusão, central de triagem laboratorial de doadores e agências transfusionais.
Doador Universal:
O-
Receptor Universal
AB+
Para proteger quem vai receber o sangue, alguns testes são realizados com as amostras. São testes de triagem e não de diagnóstico. Havendo qualquer dúvida o doador é chamado para repetir o exame a fim de confirmar o resultado. São testes para doenças infecciosas como AIDS, hepatites C e B, doença de Chagas e para o HTLV (Vírus Linfotrópico da Célula T Humana), um vírus menos frequente, mas importante nas transfusões. São feitos também testes para sífilis – infelizmente, muito doador tem a doença, não sabe e, portanto, nunca se tratou. E para determinar o grupo sanguíneo e se o fator RH é positivo ou negativo.
Atualmente, o Brasil possui o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e Alemanha. São aproximadamente 4.5 milhões de pessoas dispostas a doar sua medula, cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
Por meio desse registro, um paciente que precisa de um transplante de medula óssea consegue encontrar um doador compatível e que não seja parente. As chances do paciente encontrar um doador compatível não aparentado são de 1 em cada 100 mil pessoas, em média.
Para se cadastrar, basta que o candidato tenha entre 18 e 55 anos e apresente boa saúde. O cadastro pode ser feito nos hemocentros ou bancos de sangue. Será feita a coleta de uma amostra de sangue para testes que determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e paciente.
Em alguns casos, o transplante de medula óssea (TMO,) é a única esperança de cura para muitos portadores de doenças do sangue.