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Herpes-zóster pode ser ‘acordado’ pelo estresse

Há algumas décadas, era comum crianças serem acometidas pela catapora, que é causada pelo vírus varicela-zóster. A doença geralmente vinha acompanhado de febre alta, feridas por todo corpo e muita coceira. A partir de 2013, a vacina que protege do vírus foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação.

Contudo, boa parte da população brasileira teve catapora ou contato com o vírus varicela-zóster que fica alojado no corpo em estado latente, ou seja, que não apresenta sintomas. Qualquer pessoa pode ter o vírus “acordado”, isso acontece geralmente quando a imunidade está baixa, em situações de estresse ou quando há doenças crônicas (hipertensão, diabetes), transplantados ou portadores de HIV e câncer. A incidência aumenta a partir dos 50 anos de idade.

Nestes casos, o vírus reaparece como a herpes-zóster, com bolhas doloridas que geralmente se concentram na região do tórax e abdômen. Em casos mais graves, pode afetar a visão e o coração.

Baixa imunidade

A humorista Claudia Rodrigues já foi acometida pela herpes-zóster, quando foi internada por complicações da esclerose múltipla em 2017. Nesta situação, o vírus trouxe complicações que levaram a lesões em seu olho direito.

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Herpes-zóster e estresse

Geralmente, a herpes-zóster aparece em pessoas mais jovens também em momentos de estresse. Foi o que aconteceu com a paulistana Camilla Conde, segundo seu relato para a BBC News Brasil.

Em 2015 ela teve um ano difícil, com um negócio que foi à falência e o término do casamento. Nesta situação, a sua imunidade baixou e as bolhas apareceram. Só que no início Camilla achou que era alguma reação alérgica, mas quando os sintomas começaram a aumentar e as bolhas ficarem muito doloridas logo procurou ajuda médica. Entretanto, na primeira consulta o médico a diagnosticou como herpes simples e receitou pomada para a região onde tinham as bolhas.

Quando percebeu que as bolhas continuavam muito doloridas mesmo com o uso da pomada, Camilla buscou novamente ajuda médica e agora com o diagnóstico correto fez o tratamento para herpes-zóster.

Anos depois, apesar de finalizado o tratamento, ela ainda sente pontadas na região das bolhas quando há mudança brusca de temperatura.

Para não haver diagnóstico incorreto como aconteceu com Camilla, o ideal é que o médico solicite exames laboratoriais para confirmação ou não da herpes-zóster. Para isso, é possível fazer testes sorológicos ou contar com diagnóstico molecular, que de acordo com o Ministério da Saúde, é considerada “padrão ouro”, principalmente em caso do vírus varicela-zóster.

Tratamento

Na maior parte dos casos, o herpes-zóster evolui para cura espontânea, sendo receitados medicamentos para alívio das dores, como antitérmicos ou anti-histamínicos.

Recomenda-se lavar a região com água e sabonete e fazendo o corte adequado das unhas para minimizar o risco de proliferação.

Nos casos mais graves, principalmente pacientes imunodeprimidos, é realizada a administração do antiviral aciclovir.


Referências:

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