Responsável por, aproximadamente, 265 mil óbitos de mulheres por ano, o câncer de colo de útero ocupa, atualmente, a 4ª posição no ranking de mortes deste público por câncer.
Sobretudo, a mortalidade no Brasil é alta quando comparada aos índices de países desenvolvidos, que dispõem de programas voltados para a detecção precoce melhor estruturados.
O vírus HPV (papiloma vírus humano) está diretamente relacionamento ao desenvolvimento da doença. Estima-se que até 80% de mulheres sexualmente ativas sejam ou venham a ser portadoras do vírus. Deste grupo, aproximadas 5% evoluirão para o câncer de colo de útero.
HPV e os subtipos
Existem mais de 200 tipos de HPV, pelo menos 13 deles são considerados oncogênicos, chamados também de alto risco.
Para descobrir se o tipo de HPV que o paciente apresenta é de alto ou baixo risco, é necessário realizar um teste molecular que faz a detecção e a genotipagem, ou seja, especificar qual o tipo de HPV presente.
Estes são os tipos mais comuns de alto e baixo risco:
Alto risco
16, 18, 26, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 53, 56, 58, 59, 66, 68, 73 e 82.
Baixo risco
6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 55, 61, 62, 67, 69, 70, 71, 72, 81, 84.
Além do câncer de colo de útero, os tipos de HPV de alto risco podem levar a desenvolver câncer no ânus, vulva, vagina, pênis, orofaringe, laringe e boca.
Vacinação gratuita do HPV
Atualmente, a vacinação contra o HPV já é uma prática atuante e recomendada pelo Ministério da Saúde, tanto para meninas quanto para meninos. A vacina é disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos de 12 e 13 anos. Anteriormente, a oferta era restrita a meninas de 9 até 15 anos completos e, pacientes transplantados e imunodeprimidos. Em clínicas particulares, homens com faixa etária entre 9 e 26 anos e mulheres de 9 a 45 anos podem se vacinar.
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Prevenção do Câncer de Colo do Útero
Primordialmente, o principal método de rastreamento e acompanhamento do câncer de colo de útero no Brasil é através da colpocitologia oncótica, mais conhecido como “Papanicolau”.
Por mais que a mulher não sinta desconfortos ou sintomas, é muito importante realizar o exame papanicolau de acordo com a recomendação do ginecologista. O câncer de colo de útero é de lento desenvolvimento, com até 20 anos de evolução. Em sua maioria, não apresenta sintomas clínicos na fase inicial, manifestando-se, em alguns casos, por sangramentos após relações sexuais.
Por isso, o exame papanicolau precisa ser feito periodicamente para que se houver câncer seja rastreado em estágio inicial.
Quando realizar o papanicolau
O Papanicolau deve ser realizado por todas as mulheres com idades entre 25 a 64 anos anual ou bienalmente, conforme orientação do médico ginecologista. Lembrando que o exame é oferecido de forma gratuita pelo SUS.
O câncer de colo de útero pode ser prevenido ou diagnosticado precocemente, aumentando as oportunidades de tratamentos efetivos e garantindo maior qualidade de vida para todas. Cuide-se!
Fontes: INCAR, FIOCRUZ, ABRIL – SAÚDE, TUA SAÚDE