Outubro Rosa é um movimento mundial de luta contra o câncer de mama. Este movimento começou nos Estados Unidos quando laços cor-de-rosa, usados até hoje como símbolo da campanha, foram distribuídos pela Fundação Susan G. Komen for The Cure aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990. Esse pequeno gesto teve como objetivo (e tem até hoje) a conscientização e prevenção pelo diagnóstico precoce do câncer de mama.
No Brasil, a primeira ação vista em relação ao Outubro Rosa foi em São Paulo com a iluminação em rosa do monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera), em outubro de 2002. Hoje a iluminação rosa tem um papel importante, pois tornou-se uma leitura visual compreendida em qualquer lugar no mundo. E a popularidade do Outubro Rosa alcançou o mundo de forma bonita e elegante, motivando e unindo as pessoas em torno de tão nobre causa.
O Câncer de Mama
O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, atrás somente, do câncer de pele. O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células, que passam a crescer rápido e desordenadamente.
De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer) o câncer de mama, em 2016, representou 28,1% de novos casos de câncer no Brasil. O câncer de mama no estágio inicial é assintomático e infelizmente ainda não tem prevenção, por isso a importância de exames preventivos como a mamografia e o autoexame, para que não ocorra a detecção tardia em estágio avançado da doença.
- 25% dos casos de câncer em mulheres no mundo são de mama;
- O câncer de mama é o 1º em taxa de mortalidade em mulheres no mundo;
- 51,3% dos casos ocorrem no Sudeste do país;
- 13 mil mulheres morreram por causa do câncer de mama no Brasil em 2014;
- Diagnóstico no primeiro estágio da doença tem 88,3% de sobrevida, em média;
- 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com hábitos saudáveis;
- 66% dos casos são descobertos pelas próprias pacientes.
O Câncer do Colo do Útero
O câncer do colo do útero está associado à infecção do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18. A transmissão do HPV se dá através do contato íntimo desprotegido com o indivíduo infectado com o vírus.
É um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero. Essas alterações são chamadas de lesões iniciais ou pré-cancerosas e são totalmente curáveis na maioria das vezes, mas, se não tratadas, podem após muitos anos, se transformar em câncer.
A melhor forma de prevenir o câncer do colo do útero é evitar a contaminação pelo vírus HPV, e o melhor aliado é o preservativo, seja masculino ou feminino. A vacina é outro forte aliado contra a doença, porém é indicado e mais eficaz para aqueles indivíduos que não foram expostos ao vírus HPV. E também é importante realizar anualmente o exame ginecológico preventivo, o popular Papanicolau.
Leia também:
Biologia Molecular e o Diagnóstico do Câncer
O avanço da genética e da biologia molecular para diagnósticos está cada vez mais presente na medicina atual, pois permite o estudo cruzado das características genéticas de microrganismos patogênicos e pacientes, possibilitando novas definições de tratamento para doenças tão complexas como o câncer.
Esses testes analisam o material genético do tumor conseguindo diferenciar as células normais das tumorais (marcadores), e as células em diferentes estágios da doença. Essas particularidades são de grande ajuda para os médicos avaliarem o diagnóstico e para determinar qual o melhor tratamento para aquele estágio da doença.
Para o HPV já existem testes regulamentados de biologia molecular para a detecção simultânea e genotipagem de diferentes tipos de HPV. A importância clínica desse exame está no fato de que alguns tipos virais do HPV estão relacionados a lesões que podem progredir para câncer.