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Resistência antimicrobiana: o que fazer para evitar doenças resistentes?

31/07/2019
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A cada ano, os profissionais de saúde se deparam com microrganismos cada vez mais resistentes a medicamentos. Isso representa um perigo para a saúde pública mundial, pois os remédios utilizados atualmente podem não ser úteis nas próximas décadas.

Veja alguns dados da OMS sobre o assunto:

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700 mil mortes por ano são causadas em todo o mundo por infecções resistentes aos medicamentos.

230 mil mortes são por tuberculose multirresistente – um número que poderá aumentar para 10 milhões de mortes por ano até 2050, se nada for feito.

2,4 milhões de pessoas poderão morrer nos países desenvolvidos até 2050 se não for feito um esforço sustentado para conter a resistência antimicrobiana.

Este cenário afeta também a economia. Os danos de uma resistência antimicrobiana descontrolada são comparáveis ao choque provocado durante a crise financeira mundial de 2008-2009. Como resultado, há o aumento drástico na despesa com os cuidados a saúde, o impacto sobre a produção de alimentos e rações, comércio e meios de subsistência, além do aumento da pobreza e das desigualdades.

O que pode ser feito?

A OMS lançou uma estratégia chamada “Uma Só Saúde” (One Health) para combater a resistência antimicrobiana em diversas frentes.

Os cuidados começam no campo, com acesso a água potável e saneamento básico para que microrganismos nocivos não estejam presentes no plantio e colheita, nem nas rações e no gado. Assim, evitando o uso de medicamentos nesta fase que podem afetar o consumidor final.

É importante também que indústrias sejam responsáveis por seus dejetos para não contaminarem recursos naturais, como os rios, e que o lixo tenha a destinação correta.

Os governos devem promover a toda população o acesso básico a saúde, vacinas, diagnóstico precoce e medicamentos de forma segura.

Você também pode fazer sua parte para evitar a resistência antimicrobiana não fazendo a automedicação, principalmente de antibióticos. Outra forma simples é o hábito de lavar as mãos, além de manter a higiene pessoal e salubridade do ambiente em que vive.

De acordo com o relatório da OMS, “se esses investimentos e a ações sofrerem ainda mais atrasos, o mundo vai ter de pagar bastante no futuro, para poder lidar com o desastroso impacto da resistência antimicrobiana descontrolada”.

A implementação dessas recomendações ajudará a salvar milhões de vidas, manter os ganhos econômicos e preservar o futuro contra as doenças resistentes a medicamentos.

Diagnóstico molecular: rapidez e precisão para identificar infecções

Ao solicitar o diagnóstico molecular para identificação de doenças, o profissional da saúde sabe com precisão que tipo de micro-organismo acomete o paciente.

Dessa forma, a prescrição de medicamentos, principalmente de antibióticos, acontece de forma responsável, sendo utilizada realmente quando for necessário.

Os exames moleculares são um dos métodos mais rápidos e precisos, pois detectam o DNA do patógeno causador da doença. Os benefícios deste método incluem a rapidez de resultado e a alta sensibilidade do teste. Isso é muito importante, devido a possibilidade de identificar a doença mesmo em casos assintomáticos.

Estes exames moleculares podem detectar infecções sexualmente transmissíveis, tuberculose, meningites, infecções respiratórias e inclusive detectar o agente causador de uma sepse.

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