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Sarampo: Uma doença Reemergente que tem Cura e Vacina

06/08/2018
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Por que uma doença reemergente?

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de região livre do sarampo endêmico, junto com outros países da América. Porém, atualmente o país enfrenta uma nova disseminação da doença. O Ministério da Saúde anunciou recentemente que o número de casos confirmados de sarampo no país até julho de 2018 chegou a 822 com 5 óbitos.

Infelizmente, a queda na cobertura vacinal é a principal causa desse novo surto. Mas por que as pessoas não se vacinam? As possíveis causas são o sucesso da vacina, que faz com que as doenças desapareçam, dando a falsa percepção de que as vacinas não são mais necessárias. E principalmente, o desconhecimento individual sobre o benefício da vacinação. Dados divulgados pelo Unicef e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que as taxas de vacinação aumentam no mundo, mas caem no Brasil há três anos. Em números temos que, a cobertura vacinal na primeira dose contra o sarampo, passou de 102,3% (2011) para 85,2% (2017). A segunda dose passou de 92,8% (2014) para 69,9% (2017) quando o ideal é acima de 95%.

2017 teve um aumento de 400% de casos de sarampo no mundo se comparado com o ano anterior

Contagioso e perigoso

O Sarampo é uma infecção altamente contagiosa, transmitida por um vírus da família Morbillivirus. A doença pode infectar igualmente adultos ou crianças, com maior prevalência na fase infantil.
O vírus é transmitido quando a pessoa entra em contato com secreções do paciente contaminado. Pode ocorrer através de tosses, espirros ou gotículas de saliva que se espalham pelo ar. Quando a pessoa é exposta e infectada pelo vírus, ocorre um período de incubação. Isso quer dizer que os sintomas podem demorar a aparecer. Mesmo sem nenhum sintoma ou sinal aparente, a pessoa possui o vírus e pode transmiti-lo.

Quando não tratado adequadamente, podem haver graves complicações como infecções cerebrais (encefalite), pneumonias e lesões ao cérebro. Crianças menores de 5 anos ou pacientes com problemas de imunidade, a condição pode ser fatal, representando 5% a 20% de mortes devido à evolução do quadro.

O sarampo causa a morte de aproximadamente 400 crianças/dia no mundo

Sintomas

Nos primeiros dias após a infecção, o organismo não apresenta sintomas ou sinais da doença, pois o vírus está na fase de incubação. O período pode variar entre 7 e 18 dias após a infecção. O sarampo pode ser dividido em fases, de acordo com a manifestação dos sintomas.

Sintomas iniciais:

  • Febre
  • Tosse persistente
  • Conjuntivite
  • Coriza
  • Fotofobia (sensibilidade a luz)

A partir do 5º dia os sintomas iniciais se agravam e surgem outros sinais:

  • Manchas vermelhas (que não coçam e aparecem inicialmente atrás das orelhas). Geralmente progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias
  • Prostração
  • Pode causar ainda: infecção nos ouvidos, pneumonia, diarreia, convulsões e lesões no sistema nervoso

Sintomas de remissão:

  • Diminuição da febre
  • Manchas ficam escurecidas
  • Descamação fina, lembrando farinha

Não existe tratamento específico para o sarampo, apenas medidas para aliviar os sintomas. Algumas medidas podem facilitar o tratamento e melhorar as respostas do organismo, como o uso de analgésicos e antitérmicos. Além de repouso, hidratação e alimentar-se muito bem.

Após ser infectado, o organismo cria resistência, fazendo com que o paciente fique imune a outra exposição ao vírus.

A importância da Vacinação

A vacinação contra o sarampo é a única maneira de prevenir a doença. Neste ano, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo será realizada em agosto entre os dias 6 e 31 e tem como alvo principal crianças de 1 a 5 anos mesmo que já tenham tomado a vacina. Mulheres até os 49 anos e homens até os 39, que não estão em dia com as dosagens, também devem se vacinar. A imunização é feita em duas doses.

A vacina se mostra eficaz em 97% dos pacientes, sendo uma recomendação mundial

A proteção conferida pela vacina é alta. Fora isso, ela é segura na população indicada. E, mesmo nos poucos casos em que gere reações adversas, eles são bem menos preocupantes do que a doença em si. Não existe risco de morte pela vacinação. Em contrapartida, muitas crianças são vítimas do sarampo todo ano.

A maioria dos vírus e bactérias que assolaram o mundo em décadas passadas seguem circulando ainda hoje, porém de forma mais restrita. Se baixarmos a guarda, eles ganham espaço e podem se disseminar globalmente outra vez. Por isso a vacinação contra qualquer doença é tão importante. Ela garante a nossa imunidade para essas doenças, muitas vezes fatais.

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