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Tuberculose: mesmo com tratamento doença ainda não é controlada

A tuberculose (TB) ainda é a principal causa de morte por um único agente infeccioso do mundo, o bacilo de Koch. Apenas em 2018, foram cerca de 1,8 milhões de mortes, ou seja, mais de 4 mil pessoas por dia.

Todos os anos, 10 milhões de pessoas são infectadas, tornando a doença uma importante questão de saúde pública. Há 2 anos líderes globais assumiram compromisso de eliminar a epidemia de tuberculose do planeta até 2030. Por isso, o fim da tuberculose está entre as metas de saúde dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Por que a tuberculose ainda não foi erradicada?

O tratamento para tuberculose com medicamentos surgiu na década de 1960, e nas décadas seguintes houve um controle sobre a doença.

Contudo, o retorno da tuberculose aconteceu no período de epidemia do HIV, no fim da década de 1980. Na época percebeu-se que a infecção pelo HIV aumentava significativamente o risco de desenvolvimento de tuberculose ativa: um indivíduo infectado pelo HIV é 25 vezes mais susceptível à TB em relação aos não infectados, e o risco de morte em pacientes coinfectados pelo HIV e pelo bacilo de Koch é duas vezes maior.

Em paralelo a epidemia de HIV/AIDS, no final da década de 1990 observou-se um aumento de tuberculose resistente, ou seja, casos em que a bactéria não é eliminada com o tratamento convencional. Os primeiros casos analisados foram em prisões no leste europeu. Nos últimos anos, confirmou-se a emergência dos casos de TB resistente por meio de inquéritos nacionais realizados em diferentes países.

A propagação destas cepas de tuberculose resistentes tem sido um dos maiores obstáculos enfrentados por programas nacionais de controle da tuberculose. As estimativas recentes estimam que 424 mil casos novos de tuberculose multidroga resistente (TB-MDR) apareceram em 2006 que representam um aumento nas estimativas prévias e uma tendência de aumentar potencialmente o número de casos de TB-MDR em nível global.

Segundo a Rede TB, o desafio atual para conter o avanço da doença é a migração de pessoas de países em conflito como Venezuela, Síria, Afeganistão e outros. Apenas em 2019, mais de 79 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar seu país de origem, ou seja, aproximadamente 1% da população esteve em deslocamento e isso contribui para a propagação de diversas doenças, entre elas, a tuberculose.

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 Sintomas e diagnóstico 

Os sintomas mais comuns da tuberculose são: febre alta, sudorese noturna, tosse crônica, com duração de semanas, expectoração com sangue, falta de ar, cansaço e perda de peso.

Contudo, para ter um diagnóstico preciso, o ideal é consultar um médico e realizar exames para detecção da doença. Os métodos de diagnóstico mais comuns são baciloscopia, teste molecular e cultura para micobactéria, além da investigação complementar por exames de imagem.

O teste considerado padrão ouro para detecção da tuberculose resistente é baseado nas metodologias de PCR e DNA Strip. O exame detecta a resistência genética aos principais fármacos utilizados, que são a Isoniazida e a Rifampicina. Assim, é possível proporcionar ao paciente um tratamento assertivo rapidamente, além de prevenir a disseminação da doença e o desenvolvimento de mecanismo de resistência aos antimicrobianos por outras cepas.

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https://kubolms.com.br/unimobius

Fontes:

https://youtu.be/–0zE_j7UJc

https://www.flipsnack.com/redetb/revista-labepi-portugue-s.html

https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n3/24.pdf

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