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Covid longa pode ser desencadeada pelo vírus Epstein-Barr (EBV)

Já ouviu falar na covid longa? Isso ocorre quando o paciente apresenta sintomas persistentes, sequelas ou outras complicações após contrair a Covid-19.

Um estudo publicado na Revista Nature aponta que cerca de 80% dos pacientes apresentaram Covid longa de 14 a 110 dias após a infecção.

O que pode causar a covid longa?

Como a doença e seus efeitos são muito recentes, muitos estudos ainda estão em andamento para trazer esta resposta.

Entretanto, artigo publicado na revista científica Pathogens apresenta uma possível relação da covid longa com o vírus Epstein-Barr (EBV).

A princípio, o vírus Epstein-Barr é conhecido por causar a mononucleose, popularmente chamada de “doença do beijo”, pois pode ser transmitida pela saliva e infecta células epiteliais da orofaringe, nasofaringe e glândulas salivares.

Mais de 90% da população mundial é infectada por esse vírus em algum momento da vida. Porém, a maioria das infecções é assintomática e o indivíduo acaba adquirindo imunidade.

Sobretudo, o EBV faz parte da família herpes e tem como característica ficar latente (inativo) após a infecção primária, assim, podendo ser reativado a qualquer momento.

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Você conhece a doença do beijo?

Os pesquisadores que relacionaram a Covid longa e o EBV selecionaram alguns pacientes e, dentre os que tinham Covid longa, 10% eram positivos para o EBV. Ou seja, estavam com o vírus Epstein-Barr ativo.

A conclusão é de que o vírus EBV pode ser reativado durante o processo inflamatório da Covid-19, tornando os sintomas persistentes.

Respostas para o tratamento da covid longa

Ao descobrir que a infecção por SARS-COV-2 pode reativar o vírus EBV, os pesquisadores abrem novas possibilidades de tratamento para os pacientes que estão sofrendo com a Covid longa. Ao apresentar sinais de reativação do vírus EBV, eles podem ser tratados precocemente com os fármacos que normalmente são utilizados, como o ganciclovir. Dessa forma, é possível reduzir a intensidade e duração dos efeitos da doença.

Diagnóstico molecular para EBV

O teste molecular se popularizou durante a pandemia e se tornou padrão ouro para identificar a Covid-19. O teste molecular para o EBV identifica presença do material genético do Epstein-Barr de forma rápida e com alta precisão.

A Mobius Life Science, empresa brasileira que comercializa e fabrica soluções em diagnóstico molecular, tem em seu portfólio um kit específico que fornece a laboratórios a possibilidade de fazer a identificação e quantificação do EBV. Sobretudo, diversos laboratórios brasileiros já utilizam esta metodologia para detectar o vírus quando este apresenta riscos ao paciente, um deles é o ID8 – Inovação em Diagnóstico.

Fontes:

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