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Tuberculose: teste molecular auxilia na descoberta precoce

Laura estava tossindo há meses. Suas consultas médicas resultaram em vários diagnósticos como refluxo, pneumonia e bronquite. Porém seus sintomas só pioravam, ela apresentava sudorese noturna, perda de peso, fadiga severa e tosse persistente. Depois de muitos diagnósticos errados, finalmente descobriu-se que ela tinha tuberculose.

Após o tratamento de 9 meses, Laura ficou curada e hoje faz parte de uma rede de sobreviventes da tuberculose, compartilhando suas experiências no mundo todo a fim de ajudar outras pessoas.

Ter o diagnóstico correto precocemente é crucial para dar ao paciente mais chances de cura e evitar o contágio para o desenvolvimento de novos casos.

Veja aqui a história completa da Laura:

Tuberculose

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a Tuberculose (TB) é a principal causa de morte por um único agente infeccioso. Em 2018, cerca de 10 milhões de pessoas adoeceram por TB e 1,5 milhão de pessoas perderam a vida em decorrência dela. Portanto, a TB ainda é um sério e desafiador problema de saúde pública em nível mundial.

Tuberculose no Brasil

De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o número de casos novos de Tuberculose no Brasil vem aumentando desde 2017, ano em que foram registrados 69,5 mil casos novos, em 2018 foram notificados mais 72,7 mil casos e em 2019 este número subiu para 73,8 mil novos casos de Tuberculose.

O Boletim epidemiológico de 2019 explicou que “o aumento do coeficiente de incidência da TB nos dois últimos anos pode representar uma ampliação do acesso às ferramentas de diagnóstico, com provável relação à implantação do Teste Molecular para Tuberculose em 2014 e a ampliação de sua oferta pela incorporação de novos equipamentos em 2018”.

Teste molecular

Desde 2014 o Sistema Único de Saúde utiliza o diagnóstico molecular para detecção de tuberculose, pois a técnica apresenta maior precisão e rapidez nos resultados.

A análise molecular consiste em identificar o material genético da mycobacterium tuberculosis, bactéria que causa a Tuberculose, em amostra de secreção pulmonar. Com o teste da Hain, baseado nas metodologias de PCR e DNA Strip, é possível inclusive detectar se a bactéria presente no organismo é resistente aos principais medicamentos utilizados no tratamento da TB.

Por isso, caso desconfie que esteja com tuberculose, solicite ao médico o teste molecular para descartar ou confirmar a doença.

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A Importância do Diagnóstico Molecular para a Tuberculose Resistente

A dificuldade de acesso ao medicamento contra a resistência

Os medicamentos geralmente utilizados para tratar a TB são rifampicina e isoniazida. Contudo, há casos em que a bactéria já adquiriu resistência e não responde ao tratamento com esses fármacos. Nesses casos é indicado o uso de bedaquilina, principal tratamento contra a tuberculose resistente.

Todavia, um laboratório norte-americano mantém o monopólio da bedaquilina, principal tratamento contra a tuberculose resistente.

Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras, mais de 80% das pessoas afetadas no mundo por tuberculose resistente não tem acesso a esse medicamento extremamente eficiente devido ao seu alto custo.

A ONG está mobilizando uma campanha em que pede que o bedaquilina custe 1 dólar por dia. Atualmente, o tratamento de 6 meses com o medicamento custa cerca de 3 mil dólares.

Referências:

https://www.cdc.gov/tb/topic/basics/laurastory.htm
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/marco/22/2019-009.pdf
https://www.msf.org.br/acao-tuberculose

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