O citomegalovírus (CMV) pertencente à família dos herpesvírus, causa uma infecção muitas vezes assintomática. Porém, quando transmitido para bebês e pacientes com o sistema imunológico enfraquecido pode causar febre, dor de garganta, aumento do fígado, baço, e outros sérios problemas.
A transmissão desse vírus ocorre pelas vias respiratórias (tosse, espirro, fala, saliva), e também por transfusão de sangue, por via sexual. De forma menos comum pelo uso comum de talheres e por transmissão vertical de mãe para o bebê. O período de incubação varia de alguns dias a poucas semanas.
Conheça as consequências para cada grupo de risco:
Todo cuidado é pouco durante a gravidez para que o bebê possa nascer saudável, pois é um período em que podem surgir as doenças verticalmente transmissíveis.
Mulheres que já portavam o vírus antes da gestação dificilmente passarão para o feto. Contudo, caso seja infectada por CMV enquanto grávida o risco de transmitir uma infecção congênita ou intrauterina é alto.
O Ministério da Saúde estima que 1% dos recém-nascidos são infectados por CMV. Nestes casos podem ocorrer consequências como atrasos neurológicos, microcefalia e surdez.
Para que o órgão recebido não seja rejeitado, o paciente precisa tomar imunossupressores. Isso torna o sistema de imunológico enfraquecido. Dessa forma, o CMV pode ser ativado causando pneumonia, úlcera gástrica ou até perfurações gastrointestinais.
Em um estudo realizado em um centro de referência mostra que 63% dos pacientes HIV soropositivos tinham CMV.
A complicação mais comum nestes casos é a corriorretinite, uma infecção que pode levar a cegueira. Outras complicações são o comprometimento do intestino, fígado e sistema nervoso central, resultando na perda do movimento dos membros inferiores.
O Ministério da Saúde reconhece três técnicas para detecção do CMV, que são:
A detecção do DNA viral pela PCR com o Kit XGEN Master CMV acontece com uma única amostra de sangue, plasma ou fluído amniótico. É um método rápido e sensível com especificidade semelhante às do isolamento viral, contudo, apresenta algumas vantagens como a rapidez da obtenção do resultado – o processamento do teste leva apenas 2 horas e meia.
Este teste é importante principalmente para detectar a presença do CMV em recém-nascidos, sendo considerado marcador definitivo de infecção congênita pelo CMV.
O isolamento viral é sensível e específico, mas leva em torno de 5 a 7 dias para apresentar o resultado positivo para a infecção. Como a replicação do vírus é lenta, o resultado negativo só pode ser confirmado após um mês de observação das culturas celulares.
Embora os testes sorológicos disponíveis sejam os exames mais comumente solicitados, eles têm papel limitado no diagnóstico da infecção congênita por CMV, pela baixa sensibilidade e especificidade quando comparados ao isolamento viral e ao diagnóstico molecular.